Graduandos em Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), participam de aula externa. A atividade tinha como objetivo realizar o reconhecimento da área de estudo urbano e do terreno do projeto arquitetônico a ser desenvolvido durante o semestre 2025.1. O território a ser analisado compreende parte dos bairros de Tirol, Nova Descoberta e Lagoa Nova, localizados em Natal/RN.
No contexto da Arquitetura e Urbanismo, reconhecimento da área de estudo urbano e do terreno são etapas fundamentais no processo de desenvolvimento de um projeto arquitetônico. Na primeira etapa, os alunos pesquisam o contexto mais amplo onde o esquema será inserido. Isso envolve observar a infraestrutura da região (ruas, calçadas, transporte público), o uso do solo (residencial, comercial, misto), a presença de equipamentos urbanos (praças, escolas, hospitais) e outros aspectos que influenciam o planejamento estrutural.
As análises também incluem o estudo de características socioeconômicas e culturais da região. Essas informações ajudam a determinar como o projeto pode ser implantado no terreno e quais desafios precisam ser considerados. A atividade prática é essencial para que os alunos compreendam melhor as condições reais do ambiente e desenvolvam projetos mais coerentes e viáveis.
A atividade está ligada às disciplinas Fundamentos do Planejamento Urbano, ministrada pela professora Miss Lene Pereira, e Fundamentos do Projeto Arquitetônico, orientada pela docente Débora Nogueira. Ao todo, 40 estudantes estavam presentes. “O objetivo é fazer com os alunos compreendam na prática a aplicação teórica da análise urbana dada pelo autor Kevin Lynch, bibliografia da formação urbanística trabalhada em sala de aula”, explica Miss Lene Pereira.
Na oportunidade os discentes tiveram contato com diferentes espaços e dinâmicas urbanas que dialogam com o terreno no qual eles farão uma proposta arquitetônica de um Centro Dia. O termo se refere a um equipamento socioassistencial que oferece acolhimento e atividades diurnas para idosos e pessoas com deficiência, proporcionando assistência, lazer e convivência sem a necessidade de moradia permanente. Na arquitetura, esses espaços devem ser acessíveis, confortáveis e funcionais, com áreas de socialização, atendimento especializado e infraestrutura adequada às necessidades dos usuários.
As melhores propostas arquitetônicas serão escolhidas pelas professoras para fazer parte de um concurso nacional da Bienal José Miguel Aroztegui. A competição é intitulada Concurso Estudantil Latino-Americano de Arquitetura Bioclimática e é promovida pelo Grupo de Conforto e Eficiência Energética da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC).
Para a professora Miss Lene Pereira, sair das quatro paredes da sala de aula permite que os estudantes identifiquem elementos arquitetônicos e urbanísticos significativos a serem usados no estudo. “Além disso, a prática torna-se relevante para desenvolver em nossos alunos um senso de pertencimento, humanidade e identidade em relação ao ambiente foco do projeto. O senso de pertencimento em nossa profissão permite que façamos cidades e projetos mais acolhedores, humanos e sustentáveis. E é isso que esperamos estimular na formação de nossos graduandos”, comenta.
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