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Hidroginástica estabiliza avanço da osteoporose
11.04.2013
Engana-se quem pensa que os exercícios dentro da água evitam apenas lesões nas articulações. A hidroginástica é capaz também de prevenir males, como o avanço da osteoporose, doença em que há redução da quantidade de massa óssea. A ideia é defendida pelos professores Nino Aboarrage (RJ) e Waldir Delgado Assad (DF), que ministram um curso sobre hidroginástica no II Congresso Nacional de Educação Física e Fisioterapia (Cenaff), que ocorre até o sábado (13), no Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN).
De acordo com dois especialistas, as atividades aquáticas são capazes de estabilizar ou parar a evolução da osteoporose, assim como as demais atividades físicas. “Por menor que seja, os exercícios na água também geram impacto e esse impacto auxilia no processo de retenção do cálcio no osso. A atividade física é a melhor forma de prevenir essa perda de cálcio”, argumenta o pedagogo e educador físico Walmir Assad, que é professor da Universidade Católica de Brasília e pós graduado em Educação do Movimento.
A osteoporose caracteriza-se quando a massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Apesar de fazer parte do processo normal de envelhecimento, é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura.
Juntamente com Nino Aboarrage, Waldir Assad ministra no Cenaff um curso com teoria e prática de AquaFitness, desde o básico até o avançado. Nessa capacitação, eles ensinam a utilizar as propriedades da água em benefício dos alunos, a realizar treinamento de força na água e como utilizar a respiração e a postura para melhoria dos exercícios. Além disso, o curso aborda as indicações e contraindicações para a hidroginástica, o treino de pilates aquático, os materiais usados nas aulas.
Waldir Assad defende que é preciso desmistificar determinados estereótipos que cercam a hidroginástica. “As pessoas costumam relacionar hidroginástica com ginástica para gordos, velhos e preguioços. E não é bem assim. É possível atender todos os públicos com exercícios aquáticos”, enfatiza o especialista.
Segundo Waldir Assad, também é possível conquistar hipertrofia, que é o ganho de massa muscular, com a hidroginástica. Mas, para isso, é preciso uma série de equipamentos que ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro. “Como esses equipamentos, usamos a resistência da água para trabalhar grupos musculares, como bíceps e tríceps”, diz, resumindo: “Ginástica boa é aquela que faz a pessoa se sentir bem”.
O curso, que iniciou na manhã desta quinta-feira (11), prossegue até o sábado com atividades práticas na piscina semiolímpica do parque poliesportivo do UNI-RN.
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