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O desequilíbrio do meio ambiente vem provocando relevantes e marcantes desequilíbrios sociais no mundo contemporâneo e resultando em forte processo de exclusão dos segmentos populacionais mais vulneráveis. Cerca de 19,3 milhões de pessoas no mundo foram obrigadas a deixar suas casas em 2014, devido a diferentes desastres naturais. De acordo com um relatório do Centro de Monitoramento de Desabrigados Internos (IDMC, na sigla em inglês), do Conselho Norueguês de Refugiados, nos últimos sete anos, uma pessoa a cada segundo teve que se deslocar por causa da natureza. O informe "Estimativas globais: Pessoas desabrigadas por desastres" dá conta de que o número de deslocados por causa desses fenômenos está crescendo. Consta desse documento que 17,5 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, por causa de tragédias causadas pelo clima, como enchentes e tempestades; e que 1,7 milhão de habitantes ficaram sem teto por causa de fenômenos geológicos, como o terremoto que abalou o Nepal no início deste ano de 2015.
Não há unanimidade na comunidade científica a respeito das causas dessas mudanças climáticas ocorridas ultimamente. Para alguns, apesar das grandes emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), essas alterações são resultantes de um processo natural do planeta; enquanto grande parcela as relaciona com as atividades empreendidas pelo ser humano e após a implantação do atual sistema de produção fortemente dependente da queima de combustíveis fósseis (carvão, gás e petróleo), além de outras fontes de emissão, como derrubadas e queimadas de florestas, e nas alterações do uso do solo.
O desenvolvimento sustentável é um conceito voltado para o equilíbrio da economia, do meio ambiente e da sociedade. Diante do contexto atual, é importante a busca de respostas para a problematização seguinte: como o desenvolvimento sustentável, a interdisciplinaridade e a transversalidade faz (ou pode fazer) parte da nossa prática pedagógica? E como essa prática pode contribuir para o avanço do ensino, da pesquisa e da extensão dos estabelecimentos de ensino superior?
É importante o desenvolvimento de pesquisas que priorizem diagnósticos de causas e efeitos dos desequilíbrios ambientais e que possam subsidiar propostas de inovações sustentáveis e de políticas públicas que contribuam para a dignidade humana e para a justiça social. Os dados confirmam que um desastre ambiental, como uma inundação, por exemplo, gera consequências catastróficas para toda a população e que penaliza mais fortemente as pessoas mais vulneráveis da sociedade. Sabe-se que a probabilidade de alguém ficar desabrigado por conta de um desastre cresceu 60% e que pode durar até 26 anos as consequências de um grande deslocamento de pessoas por causa de um fenômeno natural, principalmente para as pessoas mais vulneráveis da sociedade.
Aluísio Alberto Dantas
Professor de Economia do UNI-RN
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