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É possivel tratar distúrbios do sono sem drogas, diz professora em jornada
15.05.2007
Falta de concentração, irritabilidade fácil, fadiga inexplicada, baixo
rendimento no trabalho, redução da capacidade de memorização. Esse
conjunto de sintomas tem uma só causa: uma noite mal dormida. Estimativas
indicam que boa parte da população brasileira - entre 30% e 50% - sofre de
algum distúrbio do sono, provocado por variados fatores e afetando
principalmente os adultos. Atualmente, o problema, na maioria dos casos
que chegam aos consultórios médicos, é tratado com uso de drogas
específicas, os hipnóticos. \"Mas existe uma desvantagem: a tolerância. Foi
constatado que o sono piora com a retirada da medicação\", alerta a
psicóloga Katie Almondes.
As formas de tratamento não-farmacológicas para esses distúrbios foi assunto abordado pela psicóloga e professora da FARN na Jornada de Saúde da FARN, que terminou no último sábado, dia 12, no Praiamar Hotel, em Ponta Negra. O eixo central do evento foram as neurociências, como um novo rumo na área da saúde.
Segundo Katie Almondes, é possível tratar pacientes com quadros de insônia
através da terapia comportamental cognitiva. Os benefícios do método,
entretanto, vêm a longo prazo, mas os ganhos são excelentes. Ocorre uma
queda significativa na quantidade de despertares noturno - uma das maiores
queixas de quem sofre do mal - e ainda há uma redução dos sintomas
objetivos e subjetivos, sobretudo no temperamento. O sono de má qualidade
não traz somente consequências aparentes no estado emocional, mas, também
tem reflexos no organismo, provocando o aumento da pressão arterial e
distúrbios gastrointestinais.
A psicóloga apresenta um painel a partir das 15h, pelo qual mostra as
vantagens dessa terapia associada ao uso de remédios. Sobre o tratamento
ideal para recuperar o sono, ela afirma: \"Pesquisas indicam que a
combinação de fármacos e terapia é a mais ajustada para os casos
crônicos\".
COMPUTADOR - Trabalho, jogos em rede, comunicação com amigos, estudo,
pesquisa. Os motivos são os mais variados para justificar as horas gastas
na frente do computador, principalmente na internet. Mas, ato de sentar e
\"teclar\" também pode interferir no sono, causando inclusive alterações
bioquímicas e fisiológicas.Passar mais de duas horas diárias diante do
micro pode acarretar uma série de alterações hormonais principalmente nos
jovens. Isso porque essa faixa etária deixa de se alimentar adequadamente,
optando pelas comidas de fast food e baboseiras, como salgadinhos, doces e
demais produtos industrializados. A combinação de sedentarismo com má
alimentação pode acarretar no excesso de insulina na corrente sangüínea -
a hiperinsulinemia -, o que gera o ganho de gordura na região do abdómen.
Outra alteração grave é a elevação da taxa de um hormônio conhecido pela
comunidade médica como cortizol. Esse hormônio é responsável pelo
regulamento do ritmo hormonal circadiano, que estimula o sono ou o
despertar, dependendo do horário. Com a elevação do cortizol durante o
dia, quando chega a noite não há hormônios, como a serotonina, para serem
liberados e proporcionar o melhor sono. E dormir é fundamental, pois é
durante o sono que o jovem \'limpa\' o organismo dos radicais livres.
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