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Dou sequência ao texto anterior, quando reportei–me à sessão solene na qual a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras prestou honras à UFRN, pelos 60 anos da Instituição. A ideia foi fazer um percurso, de forma sucinta, desde a Academia de Platão, criada em 387 a.C., até chegar à criação da UFRN, em 1958. Seguindo o caminho traçado, faço aqui rápidos flashes da história das Universidades na América Latina e no Brasil.
Na América espanhola, o ensino superior se deu muito antes do que no Brasil. Em 1538, ou seja, poucos anos depois da primeira viagem de Colombo, criava-se o ensino superior em Santo Domingo, e, em 1551, foi a vez da Universidade São Marcos, no Peru. Talvez a presença de uma cultura local provinda de prévias e complexas civilizações tenha influenciado nesse sentido. Quando surgiu a primeira instituição acadêmica no Brasil, em 1920, já existiam 78 nos Estados Unidos e 20 na América Latina.
A “Universidade do Brasil”, criada em 1920, é tida como a primeira do nosso país, dentro da premissa de oferecer diversos cursos, de fomentar saberes e de diplomar em várias profissões. Transformou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro, um centro avançado de ensino e pesquisa, com ampla produção artística, científica e cultural. Há referências a duas iniciativas anteriores, a Universidade de Manaus, de 1909, e a U. do Paraná, de 1912. Ambas existem até hoje, como instituições federais. No entanto, em 1808, com a vinda da Família Real para o Brasil, é fundada em Salvador, na Bahia, a Faculdade de Medicina – Escola de Cirurgia –, pioneira do ensino superior do país. Um marco da evolução acadêmica do Brasil foi a criação da Universidade de São Paulo, em 1934. A fim de garantir o êxito do projeto, com apoio total do governo do Estado, foram trazidas notáveis figuras das letras, das ciências e da cultura, em especial vindas da Europa, para comporem, ao lado de grandes mestres brasileiros, o corpo docente da novel universidade. A USP, desde sua fundação, é um orgulho brasileiro no campo da educação superior.
A partir de meados do século passado, houve um crescimento no número de instituições de ensino superior no Brasil, e, em datas mais recentes, das instituições privadas. É possível afirmar que, desde o início, predominou o chamado modelo napoleônico, com foco exclusivo na formação profissional. De forma gradativa, a universidade brasileira, em especial as públicas, também adotou princípios do modelo humboldtiano, no ensino e na pesquisa, bem assim da multíversidade de klark kerr, com pluralidade de funções do ambiente acadêmico.
Criada em 1958, como instituição estadual, mediante a união de diversas faculdades já existentes, e federalizada dois anos depois, a UFRN se adequou às etapas da evolução geral das universidades mundiais e brasileiras, tendo, de origem, um forte teor em responsabilidade social. Exerci o cargo de reitor da UFRN durante a passagem dos seus 30 anos. Entre outras celebrações, inaugurou-se na reitoria o busto do médico Onofre Lopes da Silva, justa homenagem a quem criou uma obra sem par, o maior bem social do Estado. Nesses 60 anos, a UFRN muito cresceu em número e em qualidade e, conforme diversos rankings, situa-se entre as melhores do Brasil.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
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