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As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) não param de crescer no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que entre os anos de 2003 e 2015 os casos da infecção da Sífilis em grávidas tiveram um aumento de mais de 100%. As formas de prevenção estão sendo divulgadas em todos os meios de comunicação, escolas, projetos sociais, postos de saúde, e mesmo assim continua o crescimento de casos das IST’s. Mas para quem estão direcionando a mensagem?
Inúmeras dúvidas surgem quando tratamos do tema sexualidade e foi a partir de um questionamento a um médico que Emilly Ravany, aluna de Enfermagem do UNI-RN, atentou para um problema comum, mas pouco percebido no sistema de saúde. As campanhas de prevenção às IST’s tem um direcionamento contrário às relações lesboafetivas, ou seja, excluem a possibilidade de mulheres terem relações sexuais entre si, expondo-as aos vírus.
Recentemente a pesquisa “Educação sexual e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em mulheres lésbicas”, apresentada por Emilly durante o VXII Congresso de Iniciação Científica do UNI-RN em 2017, foi aceita no III Congresso Internacional de Saúde Pública, que acontece entre os dias 28 e 30 de setembro no Piauí.
De acordo com a pesquisa da aluna, que foi orientada pela professora Kaline Dantas, apenas 2% das mulheres lésbicas se previnem das IST’s no Brasil. “Esses dados demonstram que uma grande porcentagem de mulheres lésbicas acredita que a prevenção é apenas para quem faz sexo com homens. Ideia reproduzida por alguns profissionais de saúde, dispensando–as da necessidade de exame de prevenção ou de informações sobre como realizar um sexo seguro”, explica.
Como resultado da pesquisa Emilly criou uma cartilha educativa para orientar as mulheres lésbicas, assim como os profissionais da saúde, para que eles saibam dar a assistência correta quando buscados por esse público. “Ainda assim existe muita falta de informação sobre as relações sexuais entre mulheres lésbicas e a cartilha veio para mostrar que tem como fazer sexo seguro”, completa a aluna.
A área da pesquisa é ainda é pouco procurada, são escassas as informações acadêmicas e ela quer atingir o maior número de pessoas possíveis. “Não quero esse conhecimento só pra mim, por isso estamos fazendo palestras, levando para as universidades e difundindo o assunto”, diz ainda.
Os alunos de Enfermagem do UNI-RN têm a oportunidade de discutir temas como esse, tanto em eventos como dentro de disciplinas oferecidas no curso. A professora Ana Michele é a responsável pela aula de “Gênero, Saúde e Sexualidade”, que tem como objetivo formar profissionais aptos a atenderem todos os casos de forma ética.
O curso de Enfermagem do UNI-RN é coordenado pela professora Rejane Millions. Saiba mais AQUI!
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