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Alunos de Direito vão a laboratório e debatem questões biológicas
22.03.2010
Até que ponto a Justiça pode interferir na vida de uma mulher que decide ter uma gravidez de aluguel ou de uma pessoa que possui um determinado sexo, mas não está satisfeito com sua condição natural? Esses e outros temas relacionados ao direito à vida, sobre o próprio corpo e até sobre a incapacidade psíquica foram discutidos nesta terça-feira, 23, às 10h, num debate multidisciplinar envolvendo alunos do 3º período do curso de Direito da FARN. Eles fizeram uma visita ao laboratório de Anatomia, onde tiveram a oportunidade de observar e questionar os aspectos biológicos e sociais que envolvem essas questões.
A iniciativa, inédita na Faculdade, incentiva a formação de um profissional mais humano, como observa o professor da disciplina de Teoria Geral do Direito Civil e organizador do evento, Alan Dias Barros. “Existe uma ética jurídica e uma ética médica. São diferentes entre si, mas se complementam e durante o debate pudemos discutir com mais propriedade essa relação”. André Davim, biólogo e coordenador do Museu de Anatomia da FARN, que expôs embriões, fetos anecéfalos e gêmeos siameses, entre outros. \"Achei a aula interessante, porque expôs alguns pontos biológicos que os profissionais da área jurídica não conseguem ser tão específicos\", disse Mayara Nunes, que nem é aluna da turma, mas quis assistir à aula. \"Gostei muito do debate. Como um profissional de Direito pode julgar algo relacionado ao direito à vida e sobre o corpo humano se ele não possui conhecimentos biológicos?Achei o debate muito produtivo\", declara Rafaela Pereira. A proposta, em um segundo momento, é discutir questões jurídicas com os alunos da área da saúde, promovendo a interface multidisciplinar e contribuindo com a futura prática profissional.
Serviço:
Aula multidisciplinar Direito-Saúde
Quando: 23 de março
Hora: 10h
Local: Anfiteatro de Anatomia da FARN
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