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No dia 15 deste mês de agosto, tive a honra de receber o diploma de Amigo do Hospital, que me concedeu o Hospital de Guarnição de Natal. Registro a minha alegria pelo título, o qual está assinado pelo Diretor do HGUN, Tenente-coronel Pedro Paulo Lima Paes. Alguns minutos antes da hora marcada, cheguei à aprazível área onde se localiza o Hospital. Devo me referir à forma gentil como os convidados foram recebidos, o que não é novidade nesses eventos em ambiente militar. Outro fator que merece aplauso é a peculiar organização da cerimônia, que constou de várias etapas, mas tudo ocorreu dentro do programa, com hora certa para começar e para terminar.
Naquele dia, celebrou-se o 76º aniversário do Hospital de Guarnição de Natal. A unidade foi criada em 1941, com o nome Hospital Militar de Natal, no contexto da segunda guerra mundial, quando nossa cidade exerceu um papel significativo. O Hospital instalou-se, inicialmente, no prédio que estava em fase final de construção, para ser a Maternidade de Natal, sob a gestão do médico Januário Cicco, grande benfeitor da terra potiguar. Com o final do esforço de guerra, o majestoso prédio voltou ao seu propósito de origem, e, desde algumas décadas atrás, chama-se Maternidade Escola Januário Cicco, pois integra a rede de hospitais de ensino da UFRN. Em 1948, o Hospital Militar de Natal mudou-se para o bairro do Tirol, no conjunto do 16º RI – hoje, 16º Bl Mtz –, e, em 1953, passou a se chamar Hospital de Guarnição de Natal, unidade hospitalar moderna, com ótimos serviços prestados, inclusive no âmbito do ensino na área da saúde.
Recordo dos hospitais que estão, por motivos vários, nas minhas afetivas lembranças. Começo pelas duas Casas que foram essenciais na minha formação médica: o Hospital U. Onofre Lopes, à época com o nome de Hospital das Clínicas, e a Maternidade E. Januário Cicco. No H. Clínicas, fiz o aprendizado prático em Clínica Médica e Cirúrgica, em urgência, ortopedia, oftalmologia, entre outras áreas. Exemplo de organização hospitalar, a Maternidade Escola Januário Cicco, tendo à frente o Professor Leide Moraes, é para mim inolvidável, no aprendizado da ginecologia e da obstetrícia. Não esqueço também a unidade de pediatria, anexa à Maternidade, sob a direção do Professor Heriberto Bezerra. Na minha formação médica, ainda incluo o Hospital das Clínicas da USP, onde estagiei no setor das doenças infecciosas, nos idos de 1972.
Saindo da condição de aluno para a de médico ou de professor, começo com o Hospital Ana Bezerra, na cidade de Santa Cruz, no qual atuei nas funções do professor, de médico e de diretor, na fase heroica do programa Crutac, da UFRN. Solteiro, morei dentro do Hospital, uma experiência que muito me serviu para a profissão e para a vida. Por vários anos, fui professor de doenças infecciosas no antigo Hospital Evandro Chagas, onde tive a feliz oportunidade de trabalhar em conjunto com a insigne mestra Giselda Trigueiro. Além de agradecido e honrado com o título de amigo do HGUN, sou também grato aos hospitais aqui citados, sem nominar os que me internei, sob cuidados médicos, no afã de resgatar a própria saúde. No geral, os hospitais merecem respeito e admiração, porém, pelos que se vinculam às minhas jornadas, dos quais guardo vívidas lembranças, nutro também perene estima.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
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