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“As emoções interferem na anatomia do corpo”
11.05.2012

Corpo e emoções, é possível separar? Com este tema atual e polêmico, a professora de Psicologia do UNI-RN, Andrea Thome, fechou o ciclo de palestras do VI Encontro de Anatomia da Instituição, na tarde desta sexta-feira, 11 de maio, falando sobre a anatomia do corpo em relação às diferentes emoções. “O corpo é holístico, as partes funcionam interligadas: biológica, espiritual, em constante interação. Quando uma parte está em desequilíbrio, o cérebro envia um comando para as demais partes se manterem em equilíbrio”. Falando de maneira psicossomática, algumas doenças têm fundo emocional, e outras, mesmo não tendo essa origem, o emocional fragilizado pode interferir na cura, na imunidade. “É a forma como as pessoas lidam com suas emoções, com o seu pensamento. O que pensamos interfere nas substâncias que liberamos no corpo”, disse a MSc. em Psicologia Social. Como exemplo, a professora falou sobre a reação do corpo ao medo, que ocasiona, fisiologicamente, a sudorese. “As emoções repetidas vezes, ficam armazenadas em nosso corpo, gerando conforto ou desconforto”. Observando a postura do indivíduo é possível perceber as emoções que predominam. Alguém que carrega muita responsabilidade, tende a ter uma ruga no meio da testa. Na mesma medida, quem muito sorri pode ter rugas de alegria. “Do mesmo jeito que fica marcado em nossa pele, fica em nosso emocional”. O ideal é que aja, sinta e pense no mesmo sentido. “Quando me sinto feliz,penso coisas boas. Mas se perdi o emprego, mesmo tentando dissimular, é difícil. Essas situações negativas, juntamente com outros fatores genéticos e ambientais, pode levar ao adoecimento”. Porém, ela destacou que reprimir sentimentos deixa, naturalmente o indivíduo mais propenso a doenças, pelas alterações orgânicas e situações de estresse aos quais o corpo é submetido. “Ninguém é feliz ou triste o tempo todo e às vezes mesmo estando tudo péssimo, respondemos que está tudo bem, o problema é quando essa contradição entre resposta e sentimento é constante”. A postura, neste sentido, também faz toda a diferença na forma como transparecemos nosso estado de espírito para as pessoas. “Nosso corpo reflete aquilo que somos e fazemos, não é ensinado na escola, mas nos acostumamos a uma determinada química do corpo”. A psicóloga alertou: se tem algo que você está fazendo e não está se sentindo bem em fazer, parar e pensar para evitar prejuízos futuros ao corpo. “Às vezes a gripe pode ser uma consequência da falta de choro. Crescemos ensinados a evitar o choro, como quando o pai chateado manda segurar o choro. Mas quando se faz isso a vida inteira, pode desembocar em problemas na fala, nas articulações, que foram travadas para segurar o choro”. ESTRESSE- Em certa medida é importante para encontrar o equilíbrio homeostático. “É o que nos faz sair da cama para ir à escola, vir a este Encontro. Mas quando é negativo, sobrecarrega o corpo, principalmente o aparelho circulatório. Hoje é comum porque somo muito cobrados”. Nesse sentido, a psicóloga chama a atenção para a respiração, importante, mas que geralmente é deixada de lado. “Devemos para e respirar, o oxigênio é o combustível do corpo, mas nos acostumamos à má respiração. Só paramos quando adoecemos, porque não paramos antes disso?”. O mesmo vale para os sapatos desconfortáveis que a mulher se obriga a usar diariamente, sem no entanto parar para massagear o pé cansado. ENCONTRO- O VI Encontro de Anatomia continua neste sábado, com minicursos no campus do UNI-RN.

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