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As melhores universidades
03.11.2011
No tocante ao ensino superior, dois fatos recentes devem orgulhar tanto os norte-rio-grandenses – pela inclusão da UFRN no ranking das 100 melhores universidades da América Latina –, quanto os brasileiros – pela presença da USP na lista das 200 mais destacadas instituições do mundo. É por demais conhecido o valor da educação para se aferir o desenvolvimento de um país ou de uma região. Embora a educação deva ser vista no todo, do ensino infantil à pós-graduação, essas notícias são auspiciosas.
Ver a UFRN na relação das melhores universidades do continente latino-americano desperta não somente orgulho, mas a certeza de que o Rio Grande do Norte dispõe de um centro de difusão e de expansão do saber, de qualidade reconhecida, apto a se integrar cada vez mais ao processo de desenvolvimento local e regional. Todos os filhos desta terra devem se sentir parte integrante da UFRN, mesmo os que não tenham frequentado o seu campus, e devem exultar com suas glórias. Os êxitos agora em realce tornam mais forte a vocação da UFRN, na condição de líder do sistema educacional do Estado, de ser o carro-chefe de suporte ao desenvolvimento socioeconômico norte-rio-grandense. De parabéns estão a nossa UFRN, os dirigentes e a comunidade acadêmica, do presente e do passado.
Quanto ao ranking mundial, realizado pela Times Higher Education, fundação inglesa de alto conceito, viu-se pela primeira vez em oito anos uma universidade do Brasil figurar entre as 200 melhores instituições no âmbito global. A USP – Universidade de São Paulo –, que em 2010 ficou no 238º lugar, este ano passou para a 178ª posição e conseguiu entrar na famosa lista. As frustrações dos anos passados, quando não se via qualquer menção ao Brasil na vanguarda dessa área, deram lugar ao contentamento, a exemplo do que ocorre no momento de uma boa vitória da nossa seleção de futebol. Oxalá cheguemos na educação ao padrão de êxitos que o futebol tem nos brindado. Na verdade, o Brasil deve avançar na Educação como um todo, nos diversos níveis, para que tenhamos universidades entre as top do mundo. Para isso, precisa-se de mais dinheiro no setor, até se alcançar a meta de 10% do PIB, a fim de tornar viável o novo Plano Nacional da Educação que tramita no Congresso Nacional. Essa é uma bandeira de luta da Deputada Fátima Bezerra, que preside a Comissão de Educação da Câmara Federal.
Phil Baty, o principal responsável pelo ranking da Times Higher Education, afirma: “O dinheiro é fundamental. É ele que permite contratar os melhores profissionais, manter boas instalações e produzir conhecimentos relevantes para o mundo”. Esse ranking, versão 2011, manteve perfil geral semelhante aos anteriores, ou seja, as melhores universidades estão nos países mais ricos e que investem pesado em educação. Apesar da crise, os Estados Unidos sozinhos emplacam 75 universidades, ou seja, mais de um terço do total do grupo de elite. Na Europa, o destaque fica para o Reino Unido que cresceu para 32 universidades, além da Alemanha com 12, da pequena Holanda com igual número, Suíça com 7, da Suécia com 5 e da França também com 5. Fato deveras frustrante é que a Itália, com tanto legado à civilização ocidental, berço do Renascimento, país onde floresceu a primeira universidade do mundo – a Universidade de Bolonha –, está fora da listagem dos 200 melhores centros acadêmicos do planeta. Outro evento que repercutiu no meio universitário internacional foi a mudança do primeiro lugar, que vinha sendo mantido por Harvard desde a criação do ranking, 8 anos atrás. Quem desbancou Harvard – agora na segunda posição – foi o Instituto de Tecnologia da Califórnia – Caltech –, que tem 120 anos, possui menos de três mil alunos e conta no currículo com 32 prêmios Nobel.
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