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Cristhiane Nascimento, 32 anos, estudante do curso de Educação Física – Bacharelado do UNI-RN. Assim como todos os nossos alunos ela participa das aulas teóricas, provas, trabalhos, eventos. Mas quando ela sai do seu lado de estudante, ela entra para brilhar como atleta de parataekwondo. Com o título de 9° melhor do mundo na sua categoria, Cris – como é chamada pelos mais íntimos – divide sua pesada rotina de treinos, viagens internacionais e competições com o sonho de se tornar uma profissional da educação física.
O amor pelos esportes de luta começou cedo, quando ainda cursava o Ensino Fundamental e teve a oportunidade de iniciar a prática do Karatê. “Eu comecei a lutar na minha época de escola, mas daquele jeito, todo mundo e meus pais falando que aquilo não era esporte para meninas”, comenta. Apesar de ter dado uma pausa, voltou a praticar o Muay Tai por 7 anos e em seguida associou ao Taekwondo, sua atual modalidade.
Em 2014, Cristiane sofreu um acidente de moto e perdeu o antebraço esquerdo. Ela conta que, durante os 45 dias que passou no hospital, sua maior vontade era a de voltar a treinar. “Minha preocupação maior não era nem o braço que perdi e sim quando eu ia poder voltar a treinar”, explicou. E assim, ainda em 2014, Cristiane já estava marcando presença em competições importantes no nosso Estado, chegando a pódios e obtendo bons resultados nas lutas de Jiu-Jitsu, mesmo lutando nas categorias tradicionais, ou seja, com adversárias sem nenhum tipo de deficiência física. Ela chegou a competir, inclusive, em Abu Dhabi, competição a qual levou os holofotes a Cristhiane pelos seus resultados.
Mas, em 2017, o Taekwondo se tornou uma modalidade paraolímpica e o técnico de Cristhiane viu nesse esporte uma grande oportunidade. “Ele me convidou, eu ainda resisti porque não queria lutar Taekwondo, mas acabei aceitando e fui para as seletivas da seleção brasileira”, conta ainda. E desde então, Cristhiane é a titular da Seleção Brasileira de Parataekwondo, em 2018 ele venceu mais uma vez a seletiva garantindo o seu lugar como titular.
Agora é aliar a rotina de viagens internacionais com os estudos no curso de Educação Física – Bacharelado do UNI-RN, para isso ela conta com a ajuda dos colegas de turma e com o corpo docente. “Eu sempre quis fazer educação física para trabalhar na área de esportes dando aulas, pois sou faixa preta de Taekwondo. Mas ainda sim eu gostaria de ter o diploma de educadora física para ampliar minha área de trabalho”, conta Cristhiane.
Outro ponto importante destacado pela atleta são as vantagens de se ter o conhecimento teórico de um curso como Educação Física. “Me ajuda muito como atleta porque eu sei o que estou fazendo, quando vou treinar muitas vezes eu mesma consigo montar meu treino por conhecer os movimentos corretos, os tipos de lesões, como o músculo e o corpo se comportam”, explica.
Além de atleta e estudante de Educação Física, Cristhiane é bióloga e espera que sua vida nos tatames ainda se prolongue por muito tempo. “Eu sei que a vida de atleta é curta, mas quero que ela nunca acabe isso é o que eu amo fazer”, finaliza. Como não se vê longe desse mundo, ela conta que pretende continuar como professora, técnica, espectadora e tudo que não a deixe longe da sua paixão: o esporte.
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