Cátedras Acadêmicas - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Cátedras Acadêmicas

Localizadas no IEA da USP, várias cátedras universitárias têm seus titulares entre nomes que se destacam em suas atuações nas áreas para as quais se dedicam. A Cátedra Otávio Frias Filho foi criada em 2021, uma parceria entre o Jornal Folha de S. Paulo e o IEA, e integra o rol das celebrações pelos 100 anos da fundação deste jornal. Esta Cátedra tem como temas principais Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade, sendo o atual titular a Professora Suzana Herculano-Houzel, neurocientista, docente e pesquisadora da Vanderbilt University, dos Estados Unidos. Ela é colunista da Folha. 

Famosas universidades do mundo também ostentam famosas cátedras universitárias, batizadas com nomes expoentes no mundo em alguma área específica. É o caso da Cátedra Lucasiana, da Universidade de Cambridge, cujo tema principal é a matemática e seu nome mais representativo é o de Isaac Newton (1643-1727). Essa Cátedra foi criada em 1664, pelo rei Charles 2º, com recursos deixados pelo ex-aluno da Universidade de Cambridge, o reverendo Henry Lucas, que deixou terras em seu testamento que pudessem pagar o salário do professor titular de matemática. Faz-se acreditar que o nome de Cátedra Lucasiana venha do nome do doador. 

A Cátedra Lucasiana existe há mais de 300 anos e por ela já passaram 19 exponenciais matemáticos, astrônomos e físicos, a exemplo de Isaac Newton (1643-1727) e George Strokes (1819-1903), o qual detém a maior permanência na Cátedra, 54 anos. A menor permanência pertence ao astrônomo e matemático George Airy (1801-1892), que renunciou pouco depois de 01 ano da posse, para assumir outra Cátedra, com salário maior. Ele foi substituído por Charles Babbage (1791-1871), filósofo, matemático e inventor, tido por muitos como o pai do computador. 

Deixei por último para me referir a Stephen Hawking (1942-2018), que ficou por 03 décadas como titular da Cátedra Lucasiana. Portador de doença neurológica crônica sem tratamento eficaz, ele é o grande cientista mais conhecido do nosso tempo. A cinebiografia “A Teoria do Tudo”, que aborda a vida do cientista, estrelado por Eddle Redmayne, foi indicado a vários Oscars e, a partir do ano do lançamento (2015), Hawking tornou-se o físico mais conhecido do planeta, principalmente na comunidade acadêmica. 

Ele soube escrever assuntos científicos de forma compreensível para o grande público. Quando Stephen Hawking, aos 21 anos, foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica, recebeu prognóstico de sobrevida de dois anos, e, para surpresa geral, viveu até os 76 anos, mantendo-se sempre alegre e otimista. Devo acrescer que pesquisei nos meios digitais sobre esse tema e, em escritos do matemático Marcelo Viana, que já esteve em debate acadêmico no auditório do UNI-RN. 

Daladier Pessoa Cunha Lima

Reitor do UNI-RN

Texto publicado na Tribuna do Norte, em 13/07/2023


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