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A 10ª edição da Jornada da Saúde do UNI-RN será aberta nesta quinta-feira (25) com palestra do professor doutor Antônio Carlos Gomes, membro do Comitê Olímpico Brasileiro, sobre “Abordagem multidisciplinar no esporte”. A solenidade está prevista para as 19 h, no Praiamar Hotel, em Natal.
Nossa equipe de Jornalismo conversou com o palestrante. Ele é consultor e coordenador do corpo docente da Academia Brasileira de Treinadores do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Na entrevista ele nos fala sobre como a prática de esportes pode resultar numa sociedade saudável e, fugindo um pouco ao tema, mas não menos importante, como pode se constituir numa solução para um dos mais graves problemas sociais: delinquência infanto-juvenil. Confira a entrevista!
Jornalismo UNI-RN - O que falta para que a atividade desportiva seja compreendida como saúde preventiva?
Antônio Carlos - Num primeiro momento, falta a sociedade adquirir cultura esportiva. Quando digo esporte, falo em práticas de exercícios de todas as formas, como caminhar, nadar, pedalar, jogar peteca e até competir visando resultado. Ou seja, uma sociedade que se movimenta é uma sociedade mais sadia. Infelizmente, nós ainda não descobrimos a prática esportiva como um fator preventivo de doenças. Espero que com o advento dos jogos olímpicos a nossa sociedade se conscientize sobre a prática de exercícios físicos e assim passamos a viver um outro momento na prevenção de saúde da sociedade.
J - O senhor acredita que o esporte pode se constituir numa medida de enfrentamento ou prevenção à delinquência infanto-juvenil?
AC - São diversas as histórias de atletas vencedores que saíram das camadas sociais menos favorecidas. Definitivamente, um jovem que se ocupa com o esporte, desenvolve valores que não os permite mais ir para a delinquência. O esporte é prazeroso, o esporte permite relacionamento entre as pessoas, o esporte tem regras gostosas de serem cumpridas, o esporte valoriza o seu potencial, o esporte agrega povos, famílias, sem distinção social. O campeão é simplesmente o campeão, ele não é pobre, ele não é rico, ele não é negro ou branco. Ele se torna um símbolo na sociedade. Precisamos utilizar esta ferramenta como um meio de diminuir a delinquência no país.
J - O que falta, no Brasil, para que tudo isso seja realidade?
AC - Em minha opinião, o Governo Federal, precisa reunir órgãos como: Ministério dos Esportes, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, e outros, e, definitivamente, criar a política nacional de esportes, onde num processo integrado com Comitê Olímpico, confederações e estados criar o sistema nacional de esportes para a sociedade. Sem isso, vamos continuar apenas com as iniciativas da sociedade, sem um direcionamento, o que não provoca mudança na nossa cultura esportiva.
Sobre o palestrante:
Doutor em Treinamento Desportivo pela Universidade de Cultura Física da Rússia;
Foi coordenador técnico do curso de “Treinamento Desportivo” e docente dos cursos de pós-graduação em “Fisiologia do Exercício” e de “Treinamento Personalizado” do antigo CEFE e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP);
Diretor técnico do Clube Atlético Paranaense (2000/2008);
Consultor científico do Departamento de Futebol Profissional do Sport Clube Corinthians Paulista (2011);
Consultor e coordenador do corpo docente da Academia Brasileira de Treinadores (ABT) do Comitê Olímpico Brasileiro (COB);
Superintendente de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt);
Diretor da Sport Training;
Consultor de vários clubes no Brasil e exterior, e de diversos atletas de elite.
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