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A Nature é líder mundial entre as revistas de divulgação e de valorização da ciência. Dos cerca de 10 mil textos que chegam à revista todo ano, somente 8% são aceitos e publicados pela Nature. Em 2019, essa revista científica, hoje sob a direção da pesquisadora Magdalena Skipper, completou 150 anos de existência, pois, em novembro de 1869, o mundo conheceu o primeiro número da Nature. Os fundadores nunca pensaram que, quinze décadas depois, essa revista se mantivesse no ápice da divulgação da ciência, com cerca de 4 milhões de leitores on-line todo mês.
A revista Nature, a cada ano, escolhe 10 nomes globais que são destaques em suas áreas de atuação, com ações benéficas para a vida no planeta. Em 2016, uma brasileira constou dessa digna listagem, a médica Celina Turchi, pesquisadora da Fiocruz, em Pernambuco, que liderou os estudos sobre a relação do vírus da Zica e a microcefalia. Ela defendeu: “Pesquisa em saúde pública não é luxo, é uma questão de segurança nacional”. A Covid provou o quanto ela estava correta. Em 2020, dos 10 nomes escolhidos pela Nature, sete estão relacionados à pandemia, fato de fácil compreensão.
O primeiro nome listado é o do médico etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, 55 anos, ex-ministro da saúde do seu país e, desde 2017, Diretor-Geral da OMS. Tornou-se conhecido, no entanto, quando passou a ser o porta-voz das demandas dos países em face do novo coronavírus, a começar pelo anúncio do status de pandemia, além da recomendação geral de isolamento social, restrição de viagens e ampla testagem. Agora, sua luta é para que as vacinas cheguem a todos os países. O segundo nome é da primeira-ministra da Nova-Zelândia, pelo êxito no controle da pandemia. Jacinda Adern, 40 anos, que conseguiu, em seu país, índices muito baixos de casos da doença e de morte, ao se comparar com outras nações, a exemplo do Brasil, que registra resultado 80 vezes pior, em número de pessoas doentes. Outro grande nome no cenário mundial é do médico Anthony Fauci, 79 anos, que ocupa cargo de relevo na saúde pública dos Estados Unidos. Por suas posições de acordo com a OMS, divergiu do Presidente Trump, mas manteve-se na função para o bem do povo norte-americano.
Eis os outros quatro nomes listados pela Nature que também contribuíram para o combate ao Sars-Cov-2. Começo pelo chinês Zhang Yougzhen, que informou, em 11 de janeiro de 2020, que o agente daquela doença desconhecida era um coronavírus. Ele teve muita coragem ao revelar o código genético do novo vírus. Outro chinês a entrar no rol da fama é Li Lanjuan que enfrentou a pandemia em Wuhan, com total êxito no controle da virose. Mais dois nomes também estão entre os destaques da Nature: o uruguaio Gonzalo Moratorio, criador de um teste para identificar o vírus, e a alemã Kathrin Jansen, líder nas pesquisas da vacina da Pfizer, nos Estados Unidos.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
Artigo publicado na edição desta quinta-feira (14/01/2021) do jornal Tribuna do Norte
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