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Há poucos dias, terminei as 33 seções de radioterapia, aplicadas sobre o local aonde se situava a próstata, retirada por causa de um tumor, dois anos atrás. Em cerca de 20% dos casos semelhantes ao meu, precisa-se fazer esse tratamento adicional, a fim de alcançar grandes chances de completar a cura. Todos sabem o quanto as doenças da próstata afetam a saúde dos homens, e três letras estão sempre a perturbar suas mentes – PSA –, além do indefectível toque retal. A medicina evolui mais rápido em umas áreas do que em outras, e, no caso das doenças da próstata, existem novas opções de exames, mas persiste o grande valor do velho toque retal e do PSA, com respeito à condução médica correta dos eventos patológicos dessa glândula. Abordo esse assunto e falo assim tão claramente do meu caso, até para alertar aqueles que, porventura, possam se beneficiar com medidas a serem tomadas sem delongas.
Fiz todo o tratamento de radioterapia aqui em Natal, na Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer. Aliás, esse é o único serviço médico dessa área em todo o estado do Rio Grande do Norte, no âmbito público ou privado, gerando uma demanda muito intensa. Isso é uma prova cabal do descaso do poder público, com raras exceções, para com a saúde das pessoas. Cabe aqui uma pergunta, com um misto de indignação e de tristeza: para onde vai a soma dos tributos que todos pagam? O Brasil é um país de altos impostos, e, ao mesmo tempo, possui um dos mais baixos índices de retorno em real proveito dos cidadãos. Essas enormes distorções são históricas, vêm de longo tempo, e o povo está cansado de tanto despudor com o dinheiro público. A melhor reforma para o Brasil seria uma mudança radical nas práticas de muitos que exercem funções públicas, com a opção única pelo servir, e nunca pelo servir-se.
Dou ênfase ao criticar a gestão dos recursos arrecadados pelos governos, após conhecer de perto as condições difíceis da maioria dos enfermos que se tratam na Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer. Felizmente, lá eles encontram uma instituição completa, no tocante ao rigor profissional, à humanização e ao alto padrão técnico-científico, enfim, a todos os itens próprios dos serviços médicos de excelência. Na luta não somente contra o câncer, doença, mas também contra outros “cânceres” circunstanciais, dificuldades financeiras, pouca ajuda pública, planos de saúde insuficientes com as despesas dos seus usuários, além de uma alta demanda, os que fazem a Liga têm de se desdobrar em idealismo, empenho, e competência para mantê-la como um exemplo nacional de serviço médico comunitário e filantrópico.
Devido a outras doenças, conheci alguns dos melhores serviços médicos do país, e, agora, posso dizer: a Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer, na sua área de atuação, iguala-se a todos eles. Mas está acima desses serviços, pois não se dedica apenas a uma elite, pelo contrário, atende a todos, do mais rico ao mais pobre, sem distinção alguma. Qualquer paciente que adentre os portões da Liga, mesmo que traga consigo grandes provações, sente-se logo melhor e mais seguro para enfrentar a jornada, só ao receber as atenções, o apreço e o sorriso natural de quantos lá trabalham.
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