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Mesa-redonda defende mudança de postura da sociedade sobre Direitos Humanos
30.10.2008

A mesa-redonda sobre Direitos Humanos que a FARN realizou na manhã desta quinta-feira, 30 de outubro, dentro das atividades do VIII Congresso de Iniciação Científica, traçou um perfil da situação dos Direitos Humanos no Rio Grande do Norte. Para Vitor Alencar, conselheiro do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, a sociedade potiguar ainda se mostra conservadora para muitos padrões. “Historicamente, conseguimos alcançar um reconhecimento desses direitos por parte do Estado. Mas ainda não tivemos êxito por parte da sociedade”. Para o conselheiro, a sociedade potiguar ainda mantém o mito de que crianças e adolescentes não podem participar do cenário político doméstico. “Temos que garantir que crianças e adolescentes participem das decisões cotidianas. Muita gente insiste em pensar que eles não têm opinião. Estamos avançando ainda sobre isso”, ressalta. A mesa-redonda aconteceu na sala de teleconferência e contou ainda com a participação do juiz da 3ª Vara de Infância e Juventude, Homero Lechn, e do coordenador do Centro de Apoio das Promotorias de Infância e Juventude, Sasha Amaral. De acordo com Homero Lechn, o Estado está sobrecarregado e as pessoas não têm o hábito de procurar o poder público para tratar das suas questões, o que acaba afastando a sociedade da justiça. “Para se ter uma idéia, tínhamos somente quatro defensores e há pouco tempo é que foi realizado um concurso. É muito pouco para resolver todas as demandas do estado”.

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