MIGUEL SROUGI - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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MIGUEL SROUGI
07.09.2006

O médico Miguel Srougi engrandece a medicina brasileira. Expressivos méritos revestem sua atuação, seja na prática profissional, na docência, na pesquisa, ou nos vários compromissos de cidadão com a sociedade. Formado em 1970, fez residência médica na Harvard Medical School. Em seguida, obteve os graus de Mestre e Doutor, com aprofundamentos de estudos na área de urologia. Foi Professor da especialidade na Escola Paulista de Medicina por mais de duas décadas e, atualmente, é Professor Titular da Universidade de São Paulo. Em seu currículo constam cinco livros especializados em urologia e centenas de trabalhos científicos, publicados no Brasil e no exterior, sempre em revistas de qualidade reconhecida. Colaborador da Folha de S. Paulo, com artigos magistrais sobre temas da medicina, é autor do livro “Próstata: isso é com você”, lançado em 2005 e dirigido para o público leigo, uma abordagem interessantíssima acerca dos problemas que afetam a glândula masculina, como prevenir o pior e como usar os benefícios proporcionados pelo avanço da ciência. Considerado expoente da urologia no Brasil, o professor Miguel Srougi se iguala aos melhores especialistas do mundo. Seus clientes das várias regiões do país, entre eles os do Rio Grande do Norte, admiram-no muito, pela competência e humanismo no desempenho da profissão. Recentemente, Miguel Srougi publicou na Folha de S. Paulo um artigo no qual aborda aspectos de três desordens que podem afetar o homem idoso: o câncer de próstata, a impotência sexual e a andropausa. O autor, com sutil bom-humor, diz que esses três mecanismos impiedosos dificultam as “diabruras do homem maduro”, no sentido de conter a reprodução, e deixa com o leitor a escolha se essa contenção se deve ao evolucionismo – no caso, Darwin – ou a Deus. Sobre o câncer de próstata, o Professor afirma que 18% dos homens serão atingidos pelo tumor, mas somente 1 de cada 6 doentes morrerá pela doença. Chama a atenção para casos de cânceres pouco agressivos, que se acompanham de valores sanguíneos mais baixos do antígeno prostático específico, o conhecido PSA. Não há maiores novidades para o diagnóstico, pois continuam importantes a dosagem do PSA no sangue e o toque da próstata. São relatados três fatores de risco: presença de outros casos na família, maior incidência em pessoas negras e a elevada ingestão de gordura animal associada com obesidade. São comentados vários aspectos da controversa andropausa e ressaltado o perigo do uso concomitante de medicamentos para a disfunção erétil com vasodilatadores coronianos, tais como Isordil, Sustrate e Monocordil. O Professor Miguel Srougi assim conclui esse texto que ocupa uma página inteira de jornal mas vale por um compêndio: “Enquanto os doutores não chegam a um consenso, recomendo a todos os homens que parem de fumar, exercitem-se bastante e bebam bastante vinho. Se irão evitar aquelas situações de embaraço, a senescência ou os incômodos da próstata, não garanto, mas certamente atravessarão os anos da maturidade tossindo menos, mais ágeis e ... mais alegres”. Adicionalmente, tomo a liberdade para fazer mais uma recomendação: encontrem uma maneira de ler, na íntegra, o artigo “Darwin e as doenças do homem maduro”, publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 13/08/2006.

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