Natal e Ano Novo - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Natal e Ano Novo
29.12.2013

Cerca de 4 meses atrás, o jornal Folha de S. Paulo, por meio do caderno Folhinha, ótimo suplemento focado no leitor infanto-juvenil, lançou um concurso para crianças de até 12 anos, voltado para a criação de diálogos. Sob o nome Que Papo É Este?, o concurso recebeu 460 diálogos escritos por meninos e meninas de diversas regiões do Brasil. Há poucos dias, a Folhinha publicou os nomes de 4 vencedores, com os breves diálogos por eles criados. Da mesma forma que me deleitei com essas criações divertidas, divido com meus leitores um dos papos bolados por essas crianças.

Isabella Massari Della Torre, 10 anos, de São Paulo, obteve o 1º lugar, com o diálogo "A lavadora e a roupa". A conversa foi assim: "– Oi, roupa! – Oi lavadora! – Tudo bem? – Não, pois eu vou ter que entrar em você! – Tarde demais. Prepare-se – Para que? – Para girar. – Ahhhhhhh! Isso nunca acaba? – Olha o sabão. – Eu odeio o sabão! Ele me faz soluçar! Glup!!!!!!! – Agora o amaciante. – Essa é a única parte gostosa. O amaciante me deixa fofinha!! – Vamos girar novamente? – Nãããããããoooooooo! Ficarei tonta e amassada! – Pronto, está limpinha! Tchau, roupa! – O pior é sair da lavadora e ter que passar pelo ferro!".

Próspero Ano Novo por toda parte, época própria para celebrações de afetos, de bem-querer, de amizades. Tempo de esquecer possíveis conflitos e mágoas, momento propício para reflexões sobre a vida e sobre nossa conduta face à ética e aos nobres valores; reflexões sobre erros e acertos do dia a adia, sobre planos futuros, sobre formas de melhorar e ampliar nossa missão terrena. Tudo isso ocorre em reverência ao nascimento de Jesus Cristo, há cerca de dois mil anos, que veio ao mundo não para nos julgar, mas para nos salvar. Olhar a face de uma criança é a maneira mais fácil de relembrar de Jesus, de pressentir a pureza da alma humana, de acreditar em novos e melhores caminhos para um mundo mais fraterno. Apesar das dores, doenças, pobreza e sofrimento que afetam muitas crianças – tão bom se elas fossem imunes a esses males –, a imagem infantil evoca sempre alegria, gratas emoções e sinceras virtudes.

Nesta fase do ano que finda, dedico esta crônica à beleza que se situa no patamar mais alto das belezas do mundo, aquelas que nascem das mentes, das reações e dos francos sentimentos infantis. Vejam um exemplo, que me contou Simone, jovem mãe de Lupinho, um esperto garoto de 4 anos. Simone levou o filhão – talvez ela prefira o filhinho, mas ele é mesmo bem fortão – para ver a grande árvore de Natal, no bairro do Mirassol, tida como a mais alta do Brasil. É uma árvore natalina enorme, muito iluminada, que encanta os que a veem de longe ou de perto. Chegando lá, Lupinho, com olhos redondos e bem abertos, fez uma cara de surpresa, mas sem demonstrar contentamento. A mãe, então, assim falou: "Linda, não é Lupinho? Quanta luz, que beleza". Porém, Lupinho continuou sério, com cara de pouca simpatia. Simone insistiu: "E aí Lupinho, acha linda esta árvore de Natal? E o garoto, na maior sinceridade exclamou: "Acho linda não mamãe, ela não tem ‘xininho’, a lá de casa é mais bonita". Simone: "O que é xininho?", e o menino explicou que era aquilo que tocava, ou seja, sininho.

Da mesma forma que Fernando Pessoa viu mais beleza no rio da sua aldeia, Lupinho achou mais bonita a árvore da sua casa. Celebrar Jesus é celebrar as crianças do mundo. Que todos tenham aproveitado de Boas Festas e, para a semana, um Próspero Ano Novo.


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