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O estimado amigo Roberto Cabral solicita-me um breve depoimento sobre o Palácio dos Esportes, para integrar um livro que ela está escrevendo sobre essa primorosa obra da prática desportiva na nossa terra. Tentei convencê-lo da minha pouca vivência na área, mas ele mantém seu intuito. Começo, então, a buscar arquivos que possam me subsidiar nas minhas considerações para atender o dileto amigo Roberto, um dos mais reconhecidos professor e incentivador da educação física e do esporte do Estado.
Primeiramente, rebusco na memória o local da Praça Pedro Velho antes da presença do Palácio dos Esportes. Aluno do Ginásio 7 de Setembro, na década de 1950, ao sair da Escola sempre passava pela Pracinha, onde existiam dois espaços para a prática de volley e de basquete, ao ar livre. Alguns anos depois, década de 1960, ao demandar o Atheneu, na condição de estudante de ensino médio, meus olhos admiraram a Praça Pedro Velho, canteiros, o verde das plantas, as flores, tanques cheios de água, bancos, e o imponente Palácio dos Esportes, no local das quadras acima referidas, obra que se deve à sensibilidade e ao poder de decisão do Prefeito Djalma Maranhão.
. O Palácio dos Esportes Djalma Maranhão foi inaugurado no dia 27 de dezembro de 1963, um marco na vida desportiva do Rio Grande do Norte, pois o Palácio dispunha e dispõe das modernas condições para a prática de várias modalidades desses tipos de esportes. O Palácio dos Esportes teve o esporte como foco principal, mas também foi palco para eventos sociais, festivos, educacionais, culturais, enfim, transformou-se num órgão público disponível para uso amplo e democrático, voltado para o bem-estar humano da gente natalense e norte-rio-grandense. Relembro com emoção os jogos dos times representantes das diversas Faculdades, quando eu estava na plateia torcendo pelos atletas da Faculdade de Medicina, durante os Jogos Universitários, cerca de seis décadas atrás.
Não há como separar o nome Palácio dos Esportes do nome do seu idealizador e do seu protagonista principal, Djalma Maranhão. Do livro “Djalma Maranhão – memória de um secretário” do jurista e escritor Roberto Furtado, transcrevo algumas palavras pronunciadas durante a inauguração da Praça Djalma Maranhão, na gestão do prefeito Garibaldi Filho (1986-1989): “De Djalma, Natal não precisa ouvir nada. A sua presença ficou marcada pelas grandes e pioneiras obras: o asfalto, a luz de mercúrio, a concha acústica e a Galeria de Arte da Praça André de Albuquerque, ambas destruídas, como que se destruindo suas obras apagassem sua lembrança do coração do povo. A Estação Rodoviária, o Palácio dos Esportes, a Escota “De pé no chão, também se aprende a ler”, experiência pioneira que foi reconhecida pela Unesco como válida para ser aplicada nas regiões subdesenvolvidas do mundo; as Feiras de Livros, o Teatro do Povo, as bibliotecas públicas, a revalorização dos Autos Folclóricos, entre outras iniciativas da sua gestão com ênfase na participação popular”.
Nosso elogio e reconhecimento ao Prefeito Djalma Maranhão, que, entre tantas obras de grandes méritos, destaca-se o Palácio dos Esportes, o qual, merecidamente, ostenta o nome do prefeito de Natal que o presenteou a sua cidade.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
Texto publicado na Tribuna do Norte, em 30/11/2023
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