O professor Karol Wojtyla - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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O professor Karol Wojtyla
06.04.2005

Dia de Todos os Santos - 1º de novembro de 1946: Karol Wojtyla, que 32 anos depois tornar-se-ia João Paulo II, é ordenado padre, na presença de alguns amigos e parentes. Ele reverencia o arcebispo de Cracóvia (Polônia), cardeal Adam Sapieha, e deita-se ao chão com os braços abertos em cruz e a testa encostada no piso, simbologia das ordenações sacerdotais que significa total submissão a Deus e abertura ao Espírito Santo. Impossível afastar da lembrança seu colega Jerzy Zachuta, que, certamente, também estaria sendo ordenado naquela ocasião, se não tivesse sido executado pela Gestapo, poucos anos antes, quando as forças nazistas devastaram a Polônia. Sabendo das aptidões intelectuais do novo padre, o cardeal Sapieha envia-o para Roma, por dois anos, a fim de prosseguir seus estudos universitários. Karol Wojtyla pela primeira vez ultrapassaria as fronteiras do seu país. Assim, 15 dias após a ordenação, ele viaja de trem para a Cidade Eterna, quando pôde observar, pela janela do vagão, a tremenda herança de destruição que a guerra deixara para a Europa. Tendo de vencer alguns atropelos para hospedagem, instala-se, finalmente, no Colégio Belga e, em seguida, matricula-se no curso de licenciatura do “Pontificium Institutum Angelicum de Urbe”, conhecido como Angelicum, sob o número C – 905. Dedicando-se integralmente aos estudos e às orações, Wojtyla impressiona pela sua inteligência e pelo anseio de ampliar conhecimentos, especialmente em filosofia, teologia e idiomas. Encontra e interage com professores padres de elevadíssimo nível intelectual, alguns que depois atingiriam o cardinalício, além do teólogo francês Réginald Garrigou-Lagrange, autoridade mundial nos estudos tomistas clássicos e especialista em São João da Cruz. Com os professores francófonos do Colégio Belga, aprofunda-se na língua e na literatura francesas, ao mesmo tempo em que se aperfeiçoa em italiano, grego, latim e espanhol. Nesse tempo, já tinha domínio de alemão e russo, tendo, posteriormente, se tornado apto na comunicação em inglês e português. Em junho de 1948, Wojtyla conclui, brilhantemente, seu doutorado em teologia, no Angelicum, obtendo conceitos máximos, especialmente na defesa da tese “A fé no pensamento de São João da Cruz”. De volta à Polônia e após alguns meses de atuação no meio rural, retorna a Cracóvia, quando intensifica seus estudos filosóficos, desenvolvendo pesquisas e publicando artigos e livros, sem deixar de dar seqüência à sua missão pastoral. A fim de obter seu “doutorado do Estado”, matricula-se na tradicional e respeitada Universidade Jagellon, criada em 1364, já sua conhecida, pois havia freqüentado essa Academia, antes e durante a formação sacerdotal, quando estudou Teologia, além de língua, literatura e filologia polonesas. Cinco anos depois, em 1954, o padre Karol Wojtyla obtém esse importante grau universitário, com uma tese que relacionava a moral cristã e os estudos fenomenológicos de Max Scheler. Nesse período, inicia suas atividades docentes na Universidade Católica de Lublin, titular da cadeira de ética, sempre considerado exponencial nas suas aulas, orientações de pesquisas e publicações. O professor Karol Wojtyla exerceu com sapiência e extrema dedicação suas atividades acadêmicas, por mais de 20 anos, somente interrompendo-as quando foi chamado para assumir o trono de São Pedro e passar a lecionar, em âmbito global, a ética e a doutrina cristãs.

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