Onde está a felicidade? - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Onde está a felicidade?

O que é felicidade? Essa pergunta é um tanto complexa para se ter uma pronta resposta. Pode-se até vincular à definição da palavra tempo, conforme disse Santo Agostinho: “Se ninguém me perguntar eu sei o que é o tempo; mas se me perguntam, eu não sei o que dizer”. Além de Aristóteles, um outro grande filósofo da antiguidade, Epicuro (341-270 a.C.), deixou reflexões sobre o termo felicidade. Filósofo hedonista, Epicuro focava seu ensinamento ético na busca da felicidade. Para ele, a felicidade consistia na eliminação da dor, tanto física quanto da alma, sendo a última muito mais grave, temida e danosa. Foram muitos os seus seguidores, chamados epicuristas, e, por mais de seis séculos, suas ideias estiveram no centro dos debates filosóficos.

Hoje, o Brasil é um país feliz? A felicidade, dentro de uma visão abrangente, está presente no dia a dia do seu povo? Com tantas crises, com tanta violência, desemprego, corrupção, mentiras, ódios, ou seja, com tantos males a vicejar em campo fértil do tecido social do país, é de se esperar uma posição favorável em uma pesquisa do índice da felicidade? A previsão não é das melhores, haja vista os péssimos indicadores que medem as condições de vida dos brasileiros, com ênfase nas regiões mais pobres do país. Porém, com surpresa, o Brasil ficou no 22º lugar no Relatório Mundial da Felicidade – 2017, sob a chancela da ONU, em uma lista que abrange 155 nações, um contraste com o IDH, no qual o nosso país ficou na 79ª posição, em um total de 188. Ainda bem que o povo brasileiro é capaz de se sentir feliz, mesmo sob a opressão de tantos desmandos dos governos em geral, e de tantas condutas pouco solidárias da sociedade como um todo. Este ano, o Brasil perdeu 05 posições, pois caiu do 16º para o 22º lugar.

O 1º lugar, isto é, o país mais feliz do planeta é a Noruega, conforme esse ranking da ONU, o qual se baseia em respostas de quesitos entregues a um número de pessoas, com representatividade estatística. Os cinco países com maior índice de felicidade, em 2017, são os nórdicos: Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça e Finlândia. Na outra extremidade, os países onde a tristeza domina entre seus habitantes, estão Ruanda, Síria, Tanzânia, Burundi e a República Centro-Africana. Quão bom seria se não houvesse tão díspares resultados entre os mais e os menos felizes seres humanos. Será que um dia o mundo chegará a esse caminho mais fraterno e menos egoísta?

A enfermeira Adélian Barbosa fez a sua graduação no UNI-RN e mora na Noruega há 07 anos, desde que se casou com um norueguês, em 2009. Todos os anos, ela visita a família em Natal, quando dá uma passada no UNI-RN. Há poucos dias, perguntei-lhe como os noruegueses receberam essa notícia: “Apesar do frio intenso, as pessoas de lá se sentem felizes, pelas condições sociais de que desfrutam. Nem tudo é perfeito, embora o governo, no geral, escute os reclamos da população. A notícia do ranking da felicidade repercutiu e notei que ficaram orgulhosos por isso. Eu também fiquei, até porque já sou cidadã daquele país e tenho um filho nativo. Mas sinto saudade do sol, do céu azul, e do calor humano de Natal.” Adélian está muito contente porque o seu diploma de enfermeira foi validado pelos setores normativos da Noruega, fato esse que enaltece também a instituição que a diplomou.

Daladier Pessoa Cunha Lima

Reitor do UNI-RN


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