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Os Direitos Humanos Contra-Hegemônicos e as Teologias Progressistas

OS DIREITOS HUMANOS CONTRA-HEGEMÔNICOS E AS TEOLOGIAS PROGRESSISTAS1

Aline Rosado Targino da Nóbrega - Discente do Curso de Direito do Centro Universitário do Rio Grande do Norte

Fábio Fidelis de Oliveira - Docente orientador do Curso de Direito do Centro Universitário do Rio Grande do Norte

Marcelo Mauricio da Silva - Docente orientador do Curso de Direito do Centro Universitário do Rio Grande do Norte


INTRODUÇÃO: 

A concepção pós-secularista dos direitos humanos, especificamente os direito humanos contra-hegemônicos e as teologias progressistas, desenvolveram-se após um século considerado anti-humanista, o séc. XX. Isso, devido ao capitalismo, ao patriarcado, ao racismo. Além disso, pode-se falar da morte de Deus, pois a modernidade ocidental o tornou supérfluo. Autores como Pascal e Nietzsche, falam mais sobre esse tema. Já no séc. XXI, houve a retomada da religião e das teologias. Os direitos humanos contra hegemônicos são as lutas que visam a mudança das estruturas sociais que são responsáveis pela produção sistemática do sofrimento humano injusto. Visto, que sempre existiu na história da humanidade opressores e oprimidos. Como também, existe as teologias progressistas que podem ajudar a recuperar a "humanidade" dos direitos humanos. Ser um sujeito na presença de Deus implica estar presente na luta contra a opressão e o ódio que impedem diversas populações em no mundo de se tornarem sujeitos e experimentar o mundo como coisa própria.

Para atingir a propostas trabalhada, utilizou-se o método indutivo para abordagem e de pesquisa bibliográfica e documental para o procedimento. Como técnicas de pesquisas, realizou-se a análise dos capítulos 5 e a conclusão do livro "Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos" de Boaventura de Sousa Santos.

De acordo com as teologias políticas progressistas, Deus está envolvido na história dos povos oprimidos e nas lutas de libertação. Como no caso das teologias cristãs, que tem a ressurreição de Jesus como uma metáfora para a liberdade de lutar contra a opressão. Isso, pois na história de Jesus mostra como Deus se torna pobre e desprovido de poder para que os oprimidos possam libertar a si próprios da pobreza e da impotência. Corroborando com isso, se sabe que as teologias diferem-se de acordo com o povo, grupo social ou tipo de sofrimento específico que privilegiam, pois as concepções e práticas dominantes dos direitos humanos são monoculturais. Múltiplas dimensões do sofrimento injusto são assim reveladas uma ampla e densa paisagem de relações opressivas e de lutas pela justiça ao arrepio de qualquer teoria reducionista da história ou da emancipação social. Na teologia da libertação latino-americana, é possível dividi-la em três dimensões: a primeira aborda a desigualdade social; a segunda trata das teologias feministas, visto que as religiões principais discriminam a mulher; e por último, a terceira dimensão, que combate o racismo e a opressão aos povos indígenas. Tratando da trivialização do sofrimento humano, que é a desclassificação e a desorganização do corpo. Temos a figura de Jesus Cristo. Nos evangelhos cristão é diferente do Jesus Cristo do Corão e da tradição islâmica. A diferença tem muito a ver com o sofrimento carnal. Enquanto, para os cristãos o que importa é a própria carne de Jesus e o seu sofrimento, uma vez que ele é a "Palavra incarnada", para a fé islâmica Jesus é um exemplo de piedade devido à sua proximidade com o sofrimento carnal dos outros, alimentando os famintos e curando os doentes, por exemplo.

Por tudo exposto, conclui-se de acordo com o Prof. Boaventura que a resposta metafórica para a pergunta do título do livro é que se Deus fosse um ativista dos direitos humanos ele estaria definitivamente em busca de uma concepção contra-hegemônica dos direitos humanos e de uma prática coerente com ela. E essa coerência é trazida pelas muitas das teologias.

Palavras-chave: Boaventura de Sousa Santos. Teologias progressistas. Direitos Humanos.

1 Resumo produzido no Grupo Filosofia, Direito e Sociedade do Centro Universitario do Rio Grande do Norte.


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