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Muito antes dos precursores do homem, as bactérias já existiam na Terra. Pela teoria da evolução darwiniana, cerca de 2 bilhões de anos atrás, uma cianobactéria dos oceanos passou a produzir oxigênio ao consumir hidrogênio, provocando alterações no elenco dos seres vivos do planeta, dos mais simples aos mais complexos, até chegarmos ao homem, o que melhor se adaptou e se sobrepôs aos demais.
Por volta de 300 mil anos antes de Cristo, surgiu o Homo sapiens. Nossos precursores viviam em pequenos grupos, quase sempre no topo de árvores, a fim de se livrarem dos animais ferozes. Eram caçadores-coletores e não ficavam no mesmo local por muito tempo e, assim, não poluíam o lugar onde moravam. Tinham vida curta, mas desconheciam as doenças infecciosas, tipo sarampo e varíola, porquanto essas enfermidades precisam de altas densidades populacionais para se manterem vivas.
O modelo nômade persistiu até cerca de 10 mil anos atrás, quando a humanidade passou a cultivar a terra, em busca de novos alimentos, para uma população que sempre crescia, bem como a manter próximos das casas muitos animais, a exemplo de cães, gatos, gado bovino, equino e caprino, além de aves diversas. Todas essas mudanças levaram à formação gradativa e crescente de aldeias, vilas e cidades, em um tempo que nem se sonhava com micróbios. Estava criado o meio propício para a proliferação das doenças infecciosas: aglomerações de pessoas, meio ambiente com muita sujeira, contato direto com animais, sem falar nos hábitos de higiene pessoal inexistentes, e nas crenças de que as doenças eram castigos dos deuses, e só eles podiam curar. Portanto, os assentamentos humanos, processo natural da evolução civilizatória, trouxeram vantagens para a história do Homo sapiens, mas também fizeram florescer um amplo elenco de doenças graves, haja vista as terríveis epidemias do passado e do presente.
As bactérias e os vírus são os principais agentes que causam doenças infeciosas no homem. Para combatê-las, a ciência, ao longo do tempo, descobriu formas de preveni-las ou de tratá-las. Para as doenças bacterianas, a medicina dispõe de drogas para tratar e de vacinas para prevenir. Quanto às doenças virais, em termos de terapia, existem somente produtos que ajudam a controlar, mas não a curar, a exemplo do HIV. Por outro lado, os seres humanos dispõem de um eficaz arsenal de combate às viroses, por meio da prevenção por vacinas. Os vírus medem a milésima parte do milímetro, possuem traços de DNA ou RNA, envoltos por cápsula de proteínas, com antígenos externos. O vírus da Covid 19 veio de morcegos da China, após mutações, causadas pelo contínuo contato do homem com esses animais. O novo coronavírus, ao invadir a célula humana e ao destruí-la, fez explodir a pandemia da Covid 19. Mas a ciência agiu rápido, graças a Deus, e as vacinas estão aí para trazerem calma no presente e confiança no futuro.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
Artigo publicado na edição desta quinta-feira (11/02/2021) do jornal Tribuna do Norte
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