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Palestra aborda os conflitos familiares na Psicologia
23.03.2012

Doença grave, perda de um ente querido ou mesmo exclusão de um núcleo familiar são apenas algumas situações difíceis que podem interferir permanentemente na vida de um indivíduo, na forma como ele se relaciona com o mundo a sua volta e até nas gerações futuras de seus familiares. Na palestra do professor alemão Frank Gallenmüller, nesta quinta-feira, no auditório UNI-RN, ele discorreu sobre como “O trabalho na Constelação Familiar”, ramo da psicologia que trata das relações familiares, pode contribuir para o alcance da paz emocional. Para um auditório lotado e atento o médico, que realiza um trabalho de psicoterapia em diversos países, trouxe exemplos práticos dessas situações, e destacou a grande incidência de problemas de relacionamento entre pais e filhos. “Imaginemos alguém que tem um irmão com uma grave doença e que este possa morrer cedo, como é forte esse efeito na vida do outro”, disse. Quando se trabalha a constelação familiar de um paciente, é aplicado um método que faz com que as dinâmicas internas e invisíveis de conflito tornem-se visíveis. “A partir daí, começamos a reorganizar algo dentro de nossa alma”. O professor lembrou que para isso, às vezes é necessário que nos afastemos destes núcleos de pessoas ou coisas que estamos próximos, e nos aproximemos do que está distante, oposto. “É comum termos conflitos com os pais, em que os filhos os tratam como se estivessem à sua frente. Na terapia ajudamos a reposicionar estes pais na relação, ou seja, atrás do filho, para apoiá-lo”, disse metaforicamente o palestrante. “Estes conflitos podem, inclusive, se apresentar nas relações com outras pessoas, como o chefe ou o professor”, comentou. Assim, ele demonstrou a importância de encontrar a paz interior, que seria alcançada aceitando os pais como eles são. A palestra fez parte do módulo da formação em Biossíntese, ramo da psicologia que trata sobre os diferentes aspectos do indivíduo – sentimentos, compreensão e outros - e a partir daí busca seu equilíbrio, pela simbologia das três camadas de pele, onde em cada pessoa, uma sobressai. Pessoas mais viscerais, emocionais, simbolicamente teriam mais forte a endoderme, camada mais profunda da pele, enquanto as mais racionais, a ectoderme, e há ainda as que pensam pouco e estão mais voltadas para o trabalho do corpo, dos músculos, sendo representadas pela mesoderme, pele intermediária. O objetivo da biossíntese é equilibrar estas três camadas no indivíduo.