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Pequisadora (USP) fala dos avanços na cirurgia de Parkinson
12.05.2012
Em 1817, os cientistas descreveram o Parkinson como uma “paralisia agitante”. Durante a sexta edição do Encontro de Anatomia do UNI-RN, a Prof. Drª Raquel Chacon R. Martinez (USP) expôs novas técnicas para o tratamento da doença em seu estado avançado. Com o tema “Avanços Experimentais em Neurociências para Tratamento de Parkinson”, a pesquisadora defendeu a área de neurociências como uma tendência de mercado, nesta sexta-feira (11), no Hotel Parque da Costeira.
De cinco a seis milhões de pessoas no mundo tem Parkinson, que ocupa a segunda posição no ranking de doenças neurológicas com maior incidência, perdendo para o Alzheimer. A neuropatia atinge, principalmente, indivíduos com mais de 65 anos. Entre os principais sintomas do Parkinson, estão o tremor, a rigidez e a dificuldade de iniciar um movimento.
“Essa área de estudo (Parkinson e Alzheimer) é uma oportunidade de mercado de trabalho, pois o tratamento do paciente e a pesquisa exigem uma equipe multidisciplinar. O mercado está aberto; o principal é uma formação básica consistente”, disse.
Apesar dos esforços, nenhum cientista descobriu a causa do Parkinson. O tratamento, porém, já é difundido entre os pacientes. Quando da fase inicial e intermediária da doença (o equivalente a dez anos, aproximadamente), o tratamento farmacológico ainda é eficaz. No entanto, na fase avançada da doença, os remédios não bastam e a melhor indicação é a cirurgia.
No desenvolvimento de sua pesquisa, Raquel Chacon percebeu que a doença acarretava a perda da dopamina (neurotransmissor integrante das áreas cognitiva e motora do cérebro). Já que as primeiras fases do desenvolvimento da doença já tinham soluções (drogas que aumentam a atividade dopaminérgica), a pesquisadora decidiu estudar métodos de tratamento do Parkinson especificamente para sua fase avançada.
A técnica desenvolvida pela professora Raquel para a cirurgia foi, dependendo dos exames do paciente, lesionar o globo pálido interno ou estimular o núcleo subtalâmico (regiões do cérebro responsáveis pelos tremores). Durante a cirurgia, o paciente fica acordado enquanto a equipe multidisciplinar realiza diversos procedimentos (tomografia, ressonância magnética, microdiálise e outros).
Neste sábado (12), a programação do IV Encontro de Anatomia será de mini-cursos, no campus do UNI-RN.
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