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O enfrentamento à microcefalia e suas consequências é uma das estratégias do plano de ação do Ministério da Saúde para enfrentar o problema, que se tornou um dos mais graves problemas de saúde no país. Em consonância com plano, o Centro Universitário do Rio Grande do Norte, por meio do curso de Fisioterapia do UNI-RN e das suas Clínicas Integradas, criou o projeto de extensão “A importância da estimulação precoce na microcefalia e no recém-nascido”. E para marcar o início das atividades, a neurologista infantil Áurea Nogueira, professora da graduação de Medicina e da pós-graduação em Ciências da Saúde da UFRN, foi convidada para expor detalhes do tratamento de crianças com microcefalia e do projeto multidisciplinar desenvolvido por ela no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). A palestra aconteceu na manhã desta quarta-feira (30), no auditório central do UNI-RN.
Diante de um auditório lotado por estudantes de Fisioterapia e na presença do reitor do UNI-RN, Daladier Pessoa Cunha Lima, da diretora das Clínicas Integradas, Romeica Cunha Lima Rosado, e professores da instituição, a professora Áurea iniciou sua palestra abordando o histórico da microcefalia, segundo dados e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Esse ano a OMS declarou estado epidêmico de microcefalia causada provavelmente pelo Zika vírus de relevância internacional", enfatizou a neurologista.
A microcefalia é uma condição neurológica em que o desenvolvimento normal do cérebro é impedido por diversos fatores, como infecções e genética, pondo em risco a evolução neuropsicomotora das crianças. “Está ai o motivo de ser tão importante a estimulação precoce, de posturas mais adequadas, tratamentos junto aos fisioterapeutas, psicólogos e outros clínicos que iram melhorar a vida desses bebês”, conclui a professora.
Ela afirma ainda que esse é um obstáculo não só para a universidade lidar diretamente, mas a sociedade como um todo, e cita três principais pontos desse problema. O primeiro seria o combate eficaz ao vetor. “Não estou satisfeita com as ações feitas pelo governo feitas pelo governo, o que precisamos é de educação para o povo”, declara Áurea. O segundo ponto, ela afirma, é a necessidade da liberação de verbas para pesquisa, pois ainda é preciso entender diversos aspectos e assim elaborar tratamentos mais eficazes. E por último a reabilitação, na qual entra toda a parte clínica de atendimento não só a criança como também à família.
Ressaltando a necessidade de um acompanhamento fisioterapêutico, a neurologista infantil relatou um caso clínico de uma criança atendida no HUOL que nasceu com os membros superiores na posição reta, sem conseguir dobrá-los, e as mãos sempre fechadas com dedos uns sobre os outros. "Com cerca de três meses de tratamento essa criança já estava apresentando um progresso significativo em seu desenvolvimento motor", afirmou.
O projeto:
O projeto de extensão é desenvolvido nas Clínicas Integradas do UNI-RN e coordenado pela professora de Fisioterapia Carla Ismirna Alves, e conta com o apoio de docentes e discentes do UNI-RN, além de profissionais da saúde especializados em atendimento neonatal.
A proposta principal é a promoção à qualidade de vida, orientando as famílias sobre as condições das crianças, e auxiliando a favorecer o desenvolvimento delas. A programação conta também com uma preparação de agentes de saúde das áreas críticas de incidência de microcefalia quanto à orientação dos cuidados necessários aos diagnosticados.
Em outra etapa do projeto, será realizado um treinamento com agentes comunitários e profissionais vinculados a rede básica de saúde, envolvidos com o crescimento e o desenvolvimento, bem como com a estimulação precoce deste público vulnerável. Eles serão orientados quanto à identificação, encaminhamento e cuidados com a estimulação precoce dos recém-nascidos pré-termo e/ou com microcefalia que tenham atraso iminente de seu neurodesenvolvimento.
O UNI-RN integra o Comitê Estadual das Ações Relativas ao Pacto da Educação Contra o Zika Vírus no Rio Grande do Norte.
O curso de Fisioterapia do UNI-RN é coordenado pelo professor Robson Alves.
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