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Psiquiatra alerta sobre drogas na Jornada de Saúde
14.05.2007

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados e, em Natal, o coordenador de neurociências da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Douglas Dogol Sucar, disse que é preciso um controle por parte do órgão quanto ao uso de anorexígenos. A prescrição desordenada desses medicamentos tem sido apontada por autoridades internacionais como promotora do crescimento do consumo no Brasil. Segundo Douglas Sucar, os anorexígeno sequer são considerados medicamentos por não conseguirem o nível terapêutico desejável. \"Essas drogas não apresentam nenhuma aplicação terapêutica, salvo raríssimas circunstâncias clínicas. Leva a uma depressão muito grave e não tem resultado prático\", criticou. Ele proferiu palestra no último dia 11, dentro da programação da Jornada de Saúde da FARN, realizada no Praiamar Hotel. Entre os assuntos abordado pelo psiquiatra, estava a problemática das drogas e as conseqüências para o cérebro. A principal delas - e que está se disseminando rapidamente entre os jovens da classe média de Natal - é o ecstasy. De acordo com Douglas Sucar, por ser à base de anfetamina, a droga leva a picos de euforia e, em seguida, provoca depressão, devido à queda da substância no organismo. O alerta do especialista - feito para uma platéia de estudantes de nutrição, psicologia, enfermagem e fisioterapia - é ainda mais sério: se usado continuamente por um ano, o ecstasy leva o usuário a uma depressão profunda e quase irreversível. No cérebro, a afetamina destrói os neurônios serotoninérgicos, responsáveis pela captação de serotonina, um dos mais importantes neurotransmissores e relacionado ao sono, sexo e regulação da temperatura do corpo. Segundo ele, a maconha também traz males. Fragiliza o endotério vascular, aumentando o potencial de hemorragias e anemia. \"A maconha utilizada hoje em dia é transgênica. Foi modificada para aumentar o seu potencial e isso traz realmente danos sérios ao organismo. O indivíduo fica com a sindrome antimotivacional, ou seja, sem motivação\", explica o psiquiatra. Douglas também alerta para uma outra droga que está sendo utilizada em festas, como o Carnatal, para práticas criminosas: o GHB (ou gama- hidroxibutirato). Esse pó branco – que é incolor ao ser adicionado a líquidos como a água, sem gosto ou cheiro, era usado como anestésico durante Segunda Guerra. Geralmente, é acrescentado a água mineral e oferecido na hora da paquera. Gera uma euforia momentânea, seguida de confusão e esquecimento. \"Recebi alguns casos aqui em Natal que a jovem foi abusada sexualmente e não lembra de nada\". Na conferência, ele abordou a relação da neurociência com as principais doenças do cérebro. Segundo Douglas, atualmente já se pode afirmar de modo categórico que determinados desvios de comportamento, transtornos repercutem em alterações cerebrais teciduais e químicas. E entre as doenças que mais preocupam a comunidade médica de Natal está a esquizofrenia, devido aos danos cerebrais extensos e à limitação de vida dos portadores, principalmente os mais jovens.

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