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Vivemos a época dos rankings, ou seja, das avaliações que visam comparar uns com os outros os desempenhos das unidades sob análise. Quase todo dia, surge um ranking novo, muitos dos quais são bastante úteis em decisões pessoais ou institucionais. É o caso do Ranking Universitário Folha – RUF, um estudo bem feito da Folha de S. Paulo sobre as Instituições de Ensino Superior – IES – brasileiras. Mesmo com alguns pontos frágeis, é louvável a iniciativa do Grupo Folha ao lançar o RUF 2013, já com algumas melhoras ao se confrontar com a primeira edição, lançada no ano passado. Sabe-se o quanto as Universidades são complexas, e, assim, torna-se difícil escolher indicadores para aferir um todo não homogêneo, a fim de se chegar a um número que defina o lugar em que deve ficar cada instituição na escala de valores da qualidade acadêmica. Portanto, todo tipo de ranking universitário deve estar aberto a sugestões e a mudanças.
Para perfazer um total de 100 pontos , o RUF 2013 contemplou a pesquisa, o ensino, a inovação, a inserção no mercado de trabalho e a internacionalização. Desses, os dois de maior atenção são a pesquisa, com 40 pontos, e o ensino, com 32 pontos, seguidos da inserção no mercado de trabalho, com 18 pontos. Duas mudanças no item ensino foram corretas: a inclusão da nota dos cursos de graduação no Enade e as entrevistas com 464 professores/avaliadores do INEP/MEC. Vejo com ótimas premissas a presença das notas do Enade no RUF, assunto sobre o qual o jornalista Hélio Shwartsman, da Folha de S. Paulo, faz uma ressalva: “A ideia aqui é que esse é um exame promissor, mas que ainda apresenta problemas, notadamente os boicotes organizados por alunos e as retenções de formandos, de que algumas escolas se utilizam para melhorar suas notas”. É fácil saber quando isso ocorre, basta comparar o histórico e a realidade da IES com as suas notas do Enade, e logo se descobrem a distorção e o ardil. Quanto ao mercado de trabalho, o RUF entrevistou 1.681 diretores de recursos humanos de empresas a fim de coletar suas opiniões sobre as instituições. Ora, aí está um claro equívoco, pois as universidades grandes, que formam muitos alunos, tendem a receber mais menções do que as menores.
A USP, mais uma vez, sai na frente, e é a número 1 do ranking geral de 192 universidades, com um total de 96,89 pontos. O Estado de São Paulo abriga 5 das 10 melhores instituições de pesquisa no Brasil. Isso se deve em grande parte à Fundação de Amparo à Pesquisa – Fapesp –, que recebe 1% de arrecadação do Estado para financiar trabalhos das IES paulistas, públicas e privadas. O Sul e o Sudeste têm 22 entre as 30 melhores instituições listadas; o Norte tem uma; o Centro-Oeste, 2; e o Nordeste tem 5. No ranking geral, a nossa UFRN está no 28º lugar, uma boa posição, embora tenha qualidade de sobra para crescer nessa escala, é só esperar para ver. As faculdades e centros universitários foram vistos através de cursos que oferecem. Foram avaliados 30 cursos com maior número de matrículas, uma área mais difícil de ranquear, mas isto já foi um avanço.
Poucos dias depois da divulgação do RUF 2013, a mídia mostrou o ranking internacional do Times Higher Education, o THE 2013, com um dado que constrange a nós brasileiros, pois não há qualquer universidade do nosso país entre as 200 melhores do mundo. A USP, que em 2012 estava no 158º lugar, despencou 68 posições. Este fato é um vexame para o Brasil, quando o país almeja galgar um destaque no cenário mundial. Porém, sem um bom sistema de ensino e sem universidades de primeira linha no âmbito global, este sonho ficará sendo um eterno sonho.
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