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"A África está em nós". A frase estampada no cartaz do evento de Serviço Social em comemoração a o Dia da Consciência Negra não poderia conter maior verdade. E leva à reflexão: num país de miscigenação como o Brasil não há uma cor, mas um povo de muitas cores. Não há "negão" nem "neguinha". O que se vê é um povo que, todos os dias, encara desafios e preconceitos na luta contra a discriminação e as desigualdades sociais.
No evento alusivo ao Dia da Consciência Negra – 20 de novembro – organizado por alunos do curso de Serviço Social do UNI-RN, no Centro de Convivência Nelson Mandela, representantes da luta pela questão racial no Estado, como Ingrid Silva, presidente da Associação de Pessoas Portadoras de Anemia Falciforme do RN e membro do Comitê Técnico Estadual de Promoção à Saúde de Negros e Quilombolas, e Francisco Lindemberg Oliveira, especialista em História e Cultura afro-brasileira e africana e militante do Movimento Nacional Quilombo, Raça e Classe, expuseram sobre o racismo no Brasil.
O reitor do UNI-RN, Daladier Cunha Lima, e a coordenadora do curso de Serviço Social, professora Izete Pereira, prestigiaram o evento. "Esse é um encontro importante, porque serve como um momento de reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos tiveram grande importância para a nossa história política, social, gastronômica e religiosa. E o evento aqui está muito bem organizado. Parabenizo a todos os alunos e professores que se empenharam na organização", destacou o reitor.
A aluna do curso de Direito do UNI-RN, Gê Lemos, entoou um canto de muitas raças tendo como palco o Centro de Convivência Nelson Mandela. Além dos muitos convidados, a programação teve exposição de trabalhos desenvolvidos por alunos da disciplina Relações Étnico-raciais, sob a coordenação da professora Deyse Sena, com as temáticas: "O ensino da história da África e dos afro-brasileiros: um enfoque sob os livros didáticos"; "O racismo e práticas discriminatórias no ambiente escolar"; "Perspectivas das mulheres negras no mercado de trabalho"; "Retratos do negro na mídia brasileira"; e "Cultura afro-brasileira: umbanda e as práticas das oferendas".
Da "Anemia Falciforme", tema da palestra de Ingrid Silva, e do "Racismo no Brasil", abordagem de Francisco Lindemberg Oliveira, que questionou a existência de feriados religiosos, mas nenhum que seja emblemático à luta contra o preconceito e à discriminação racial, ninguém se calou. Porque como disse Morgan Freeman, ator negro norte-americano, o racismo há de prevalecer enquanto a nossa consciência tiver cor.
A data
O Dia Nacional da Consciência Negra foi criado em 2003 com uma proposta de reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, último líder do Quilombo dos Palmares, o maior quilombo do período colonial.
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