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Esta foi a primeira vez que fui à Europa para visitar somente Portugal, uma decisão gratificante para mim e para o grupo familiar com quem viajei. Após o I Encontro Luso-Brasileiro em homenagem a Câmara Cascudo, promovido pelo UNI-RN e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com a honrosa participação do Instituto Ludovicus, pude me deleitar com as benesses culturais que Portugal oferece aos visitantes, em especial a nós brasileiros. Nessa viagem, tivemos – eu e meus familiares – o apoio dos diletos amigos Eliéber de Castro Lima, Talita e seus três filhos, durante essa nossa bela e breve estada na terra do fado. Eliéber se transferiu para lá, há 4 anos, a fim de cumprir missão evangélica, pois ele é o atual Pastor da sua Igreja, na cidade de Almada, vizinha de Lisboa, separadas pelo rio Tejo e unidas pela ponte 25 de Abril. Eles estão felizes, apesar das saudades, e só têm loas a fazer à nova vida, em relação ao trabalho, mas também no tocante à segurança, à saúde e à educação dos filhos, tudo provido pelo setor público. Quando se mudaram, somente um filho teve rápido problema escolar, pois estava em fase de alfabetização. Não entendia bem o português de lá e pedia para a professora repetir. Chegaram até a pensar em problema de audição. Outra barreira a vencer foi a fonética versus a grafia, exemplos: grafar coração para a pronúncia “curação”; grafar treze para a pronúncia "treuze".
Outros amigos que adotaram Portugal como a segunda Pátria foram o primo Esequias Pegado Cortês e sua esposa Ana Emília. Esequias, brilhante advogado, montou escritório da profissão em Lisboa, onde comprou e instalou um apartamento. Ao saber da minha recente viagem, Esequias informou da ausência do casal naquela cidade, durante o período. Eles têm semelhante ideia sobre Portugal e, em especial, sobre Lisboa. Na mensagem que me enviou, ele diz: “Há 10 anos, aprendi a chamar Lisboa de Lisótima, por constatar que aqui se pode andar na rua sem constrangimentos, com paz e tranquilidade. Parece com a nossa Natal de 40, 50 anos atrás.” Ele também adora Natal, e, para compensar, a chama de Natalinda. Concordo com as opiniões dos amigos citados, mas é válido dizer que não é somente o mérito de Lisboa ou de Portugal, é a baixa qualidade de vida no Brasil, capaz de assustar a todos.
Na tarde do dia 20/04/16, fiz parte de um grupo de oito pessoas amigas para um tour, por alguns locais de Lisboa, à frente o Professor Fábio Fidélis, do UNI-RN, um expert no assunto. Começou no Rossio, coração da Baixa, onde tudo aconteceu e ainda acontece na cidade. O Rossio é também chamado Praça Dom Pedro IV, que é o Dom Pedro I do Brasil. Em 1870, inaugurou-se um monumento com 27,5 m de altura, com a estátua do imperador que deu nome à Praça. Meu neto Marcos, aluno de direito e integrante do grupo, olhou para o alto e não divisou o semblante do Dom Pedro da história do Brasil. Fidélis, então, explicou a versão – na qual ele não crê – de que a estátua lá de cima seria a do Imperador Maximiliano, do México, posta naquele lugar por engano. Verdade ou não, valem mais as vênias e as honras prestadas ao Rei-Soldado. Além disso, nas pesquisas que fiz, tudo indica ser veraz a estátua de Dom Pedro IV, lá nas alturas do Rossio, tão veraz quão audaz ele foi na vida. O tour continuou, mas o relato ficou para depois.
Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN
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