Uma viagem de poucos dias - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Uma viagem de poucos dias
18.06.2009

Na última semana de maio passado, fui à Europa, em visita a Roma e a Lisboa. Comprei viagem de promoção e, feitas as contas, concluí que os quatro dias de hotel em Roma sairiam de graça. No entanto, o hotel tinha a metade das estrelas da promessa feita. Mas, tudo bem, valeu pela localização, em pleno centro histórico da cidade. O percurso sobre o Atlântico, tanto na ida como na volta, foi em avião Airbus A-330, modelo igual ao que caiu no mar recentemente, na mesma rota. Os voos foram tranquilos, porquanto esses aviões parecem ser por demais seguros. Cheguei na noite do sábado e, na noite seguinte, ocorreu a tragédia da Air France. Como todos os caminhos levam a Roma, rever esse centro histórico e cultural da humanidade torna-se uma atração forte e constante. Fui lá e não vi o Papa. Contudo, vi a tumba de um dos mais queridos Papas de todos os tempos, singela lápide quase branca, simples, tal qual a grande e santa figura que ali tinha seu nome inscrito: João Paulo II. Na missa a que assisti na Basílica de São Pedro, ao lado do pequeno grupo da viagem, refleti sobre João Paulo II, o único Papa que vi em pessoa, aqui mesmo em Natal. Fica na lembrança aquela missa cantada e rápida, celebrada por três padres, no templo principal da Igreja Católica. Desta vez, não visitei muitos museus, tendo demorado mais no Museu do Vaticano, em especial na Capela Sistina. O enigma da Sistina sempre provoca a vontade de revê-la, para ficar por alguns minutos absorto naquele sublime ambiente criado pelo gênio Michelangelo. Depois de cinco séculos, a arte da Capela Sistina, a par da beleza sem par, permanece como fonte de estudos e análises sobre a real inspiração do seu criador. Roma tem praças belas e saudáveis parques. É cidade para se andar a pé, em longas caminhadas. Mesmo sendo o mês de maio, o calor estava atroz, 35 graus os termômetros chegaram a marcar. Não se via uma nuvem no céu. O jeito era se proteger e abusar dos ótimos sorvetes, à mostra por toda parte. Nada de novo com o trânsito difícil e um tanto louco em alguns lugares, com motocicletas – vespas – em profusão. Fui a um parque belíssimo, que não conhecia, a Villa Borghese. Trata-se da maior área verde da cidade – 688 hectares – que abriga três museus, fontes naturais, lago com passeios de barco e outras maravilhas para o lazer. Fiquei frustrado, pois não sabia que a Galleria Borghese, um dos destaques da Villa, exigia reserva antecipada para ingresso. Contudo, restou o ótimo motivo para voltar a Roma, a fim de visitar esse museu, com magistral acervo, e apreciar obras de Rafael, Bernini, Caravaggio, Tiziano e outros artistas universais. Por via das dúvidas, joguei algumas moedas – centavos, é claro – na Fontana di Trevi, pedindo para ter feliz retorno à Cidade Eterna. De Roma para Lisboa, onde todo brasileiro se sente em casa. Somente dois dias para caminhar meio sem rumo pelas ruas e para voltar a alguns destinos especiais, tais como Sintra e o Palácio de Queluz. Muitos turistas, mas não dá para comparar com a capital italiana. Trânsito calmo, pessoas amáveis e comidas saborosas. Pouco me seduzo por restaurantes da moda; em lugares mais simples é possível se encontrar ótimas refeições, a exemplo de locais típicos nos arredores do Rossio. Nessa praça, entrei em uma livraria, olhando para a estátua de D. Pedro IV, que é o nosso D. Pedro I, e comprei cinco livros, entre eles O Caderno, de José Saramago, textos escritos para um blog, de setembro de 2008 a março de 2009. Apesar de algumas maçadas, vale a pena viajar e bater perna pelo mundo, pois ainda há de se concordar com Henri David Thoreau: “Perambular é uma grande arte”.

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