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UNI-RN encabeça projeto de revitalização do Anjo Azul
24.11.2015

Uma história de abandono e descaso cultural está prestes a ter um final feliz. Cinco anos após ser retirado da galeria de arte que um dia adornou, na Avenida Hermes da Fonseca, bairro do Tirol, zona Leste de Natal, o Anjo Azul enfim terá sua estrutura recuperada e revitalizada. Estudantes do curso de Engenharia Civil do UNI-RN, sob orientação do coordenador Fábio Pereira, iniciaram na semana passada a elaboração de um parecer técnico para a restauração da escultura.

Desde o segundo semestre de 2010, quando a antiga "casa" do Anjo Azul foi vendida, o monumento encontra-se alojado na praça Omar O'Grady, no conjunto Alagamar, em Ponta Negra. Todavia, neste período, a construção foi completamente desmontada e, atualmente, apenas algumas partes resistem à ação do tempo e dos vândalos.

No último dia 16, foi realizada a primeira vistoria no local, bem como uma reunião entre representantes do centro universitário e da Associação dos Moradores dos Parques Residenciais de Ponta Negra e Alagamar (Ampa).

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"Os alunos do Escritório Piloto de Engenharia Civil do UNI-RN (EPEC) já começaram a elaborar, sob minha orientação, o parecer técnico para recuperação estrutural e revitalização do Anjo Azul", afirma o professor Fábio Pereira.

Obra do artista plástico Jordão, com 12 metros de altura e 28 toneladas de ferro e cimento, o Anjo Azul teria custado R$ 188 mil e levado um ano para ficar pronto. Foi retirado da galeria homônima quando o empresário Adroaldo Carneiro comprou o espaço de seu antigo proprietário, Anchieta Miranda, em 2010. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) fez a remoção da peça e, a pedido dos moradores de Ponta Negra, levou a escultura até a zona Sul.

O poder público, contudo, não quis responsabilizar-se pela reinstalação do anjo, que, na época, foi orçada entre R$ 20 mil e R$ 30 mil.

O EPEC
Pioneiro e inovador, o Escritório Piloto de Engenharia Civil (EPEC) é um projeto de extensão do UNI-RN que alia responsabilidade social e prática acadêmica. Oferece, de forma inteiramente gratuita, projetos arquitetônicos a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Idealizado pela coordenação do curso de Engenharia Civil, o EPEC está em funcionamento há um ano, desde novembro de 2014, com participação de alunos do segundo período da graduação. Os atendimentos são semanais, na própria instituição, e a professora Suerda Campos, das disciplinas de Desenho Técnico e Desenho Arquitetônico, faz a supervisão dos trabalhos.