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Henrique Castriciano de Souza (1874-1947), norte-rio-grandense dos mais merecedores de glórias, viveu à frente do seu tempo, em especial nas letras, na cultura e na educação. Em 1909, embarcou em um navio na cidade do Recife, rumo à Europa, onde ficou por cerca de um ano. Permaneceu mais tempo na Suíça, a fim de ver de perto a educação feminina que lá florescia, as conhecidas Ecoles Ménagères, voltadas para o fortalecimento do núcleo familiar, por meio do ensino doméstico para meninas e moças. Dessa forma, melhor preparadas, as mulheres poderiam atuar nas reformas sociais, a partir das mudanças que, certamente, haveriam de ocorrer no âmbito dos lares e das famílias. Observador atento, homem culto, sensível às nobres causas, sabedor das tendências globais na área educacional, Castriciano levava consigo também a admiração que nutria por Nísia Floresta, notável norte-rio-grandense, uma das pioneiras no Brasil do movimento de emancipação feminina por meio da educação. De volta à sua terra, Henrique Castriciano criou a Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, em 23 de julho de 1911, e a Liga, instituição mantenedora sem fins lucrativos, em 1º de setembro de 1914, criou a Escola Doméstica de Natal.
Foi grande o impacto da instalação da Escola Doméstica de Natal na sociedade local, nos hábitos, nos costumes, na alimentação, nas lides educacionais e, principalmente, na vida familiar. Porém, há um fato que tem tudo para ser vinculado à valorização feminina em terra potiguar, fruto da instalação da Escola Doméstica de Natal: a conquista da cidadania política, em 1927, quando as mulheres do Rio Grande do Norte passaram a ter o direito de votar e de ser votadas, ou seja, cinco anos antes dos outros estados do Brasil.
Ao longo de um século de existência, a ED tem realizado um trabalho educacional com base em três premissas: vanguarda, tradição e formação. Na vanguarda ela sempre esteve, desde o nascer, mediante um projeto calcado no que de mais novo surgia na Europa, porém, adaptado às condições locais e regionais. Mas não parou por aí, pois sempre se renovou e se manteve na frente, de forma avançada e moderna. Para isso, entre outros pontos, não foi egoísta ou ensimesmada, ao abrir-se e ceder o seu DNA para a criação de um colégio misto, o Complexo Educacional Henrique Castriciano, e para o ensino superior, o Centro Universitário do Rio Grande do Norte – UNI-RN. A tradição, sem cair no conservadorismo, é uma das marcas da ED, porquanto as crenças, os costumes e os valores são partilhados por gerações que se sucedem. E a formação, razão de ser maior da Escola, não se limitou somente à instrução, ou seja, ao ensino das disciplinas curriculares, mas à educação total, humanística, capaz de sensibilizar as alunas para a cidadania plena.
São muitas pessoas que se doaram para os êxitos da Escola Doméstica, durante este primeiro século de existência. Porém, além do criador Henrique Castriciano, destaca-se o nome da mestra Noilde Pessoa Ramalho (1920-2010), diretora da ED por dois terços desses 100 anos. Ela sonhou em celebrar o centenário da Instituição à qual tanto amou e dedicou uma vida inteira. Sua figura altiva, no entanto, permanece viva, pois se tornou imortal, pela grande obra educacional legada aos pósteros. Os que a sucedem inspiram-se nos seus exemplos, no afã de fazerem a Escola Doméstica de Natal já seguir no rumo do segundo centenário, sempre mantidas a vanguarda e a tradição, lídimos suportes para a ênfase em uma formação integral.
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